terça-feira, outubro 20, 2015

Prefeitura em MG decreta Estado de Alerta de desabastecimento e restringe o uso de água


A captação na cidade é feita no Rio Manhualu e em outros dois mananciais. Porém, o nível dos três afluentes estão muito abaixo do normal


Mais uma cidade mineira decretou Estado de Alerta de desabastecimento por causa da crise hídrica. Manhuaçu, na Região da Zona da Mata, passou a restringir, nesta terça-feira, o uso da água para lavagem de carros, calçadas e encher piscinas. Uma campanha de conscientização será criada para alertar os moradores sobre a falta do recurso. “Estamos tomando medidas depois de várias ações para que a utilização da água bruta e tratada seja meramente para o consumo humano e de animais”, afirmou o prefeito Nailton Cotrim Heringer.

O município está há 15 dias em racionamento de água. Porém, mesmo com as manobras, a situação continua crítica. “A questão vem se agravando a cada dia de forma pontual. Tínhamos um porblema pontual em um distrito e na sede do município. Hoje temos a maioria absoluta com problema da falta de água. Já saímos da crise e, agora, estamos na escassez mesmo”, conta o José de Aguiar, diretor do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Manhuaçu.
A captação na cidade é feita no Rio Manhualu e em outros dois mananciais. Porém, o nível dos três afluentes estão muito abaixo do normal. “Temos volumes abaixo da crítica. O Manhuaçuzinho, por exemplo, está 70% abaixo do vertedouro. Não temos mais água para tratar”, lamente o prefeito.

Para tentar amenizar a situação da escassez hídrica, a prefeitura decretou estado de emergência nesta terça-feira. Serão proibidos o uso da água para lavar carros, calçadas e outras situação que fogem do consumo humano e animal. “Queremos que a população se consciententize para que cada ação de solidariedade e amoro ao próximo seja aguçada. Não temos alternativas a não ser quando Deus mandar chuva”, comentou.

Pelo menos 13 municípios mineiros estão em rodízio por causa da falta de água. Nessa segunda-feira, entrou em vigor o decreto de emergência pedido pela Prefeitura de Visconde do Rio Branco, na Região da Zona da Mata. A administração municipal afirma que a falta de água potável vem causando “perdas e danos humanos, materiais, econômicos e ambientais”. Com a decisão, os moradores estão proibidos de lavar carros, calçadas, frente de imóveis, e máquinas, além de encher piscinas pelo prazo 180 dias.

Também estão em rodízio de água Forminga, Divino das Laranjeiras, Tumiritinga, Mato Verde, Catuti, Ubá, Ituiutaba e Astolfo Dutra.

Por João Henrique do Vale/Estado de Minas

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