sábado, dezembro 21, 2013

Petrolandense Kaline Francisco, residente em Londres, conta sua experiência de viver no Exterior ao Blog de Assis Ramalho


Olá, Assis! Eu sou Kaline A. Souza Francisco, filha de Maria das Graças e Valter. Minha família é do velho Icó. Nasci na Velha Petrolândia e, ainda muito pequena, fui com minha família morar na nossa Nova Petrolândia-PE, devido à inundação da cidade pelo lago da barragem de Itaparica. Estou aqui pra contar a minha experiencia aqui em Londres, capital da Inglaterra e do Reino Unido, como você me pediu.

Estar em Londres é uma experiência única. Ao chegar, me senti dentro do filme de Harry Potter (risos) por ver as casas e prédios de estilo antigo e por ser uma cidade chuvosa em meio escura. Cheguei aqui no final do Verão, em agosto deste ano de 2013, e mesmo com o sol a temperatura é sempre fria. Agora, aqui é Outono e já tivemos noites em que estávamos com zero grau nos termômetros. Como nasci e me criei em uma terra quente (Petrolândia-PE), estranhei um pouco.

Estou aqui em Londres com meu esposo. Ele é português, natural da Ilha da Madeira-Portugal, e ja vive aqui há mais de 14 anos, por causa do trabalho. O lugar onde é muito tranquilo. As pessoas aqui sabem respeitar o espaço do outro e são de pouco papo. Mas aqui é um pais em que você encontra gente de muitos países, como indianos, muçulmanos, africanos. A Europa em peso está aqui e ainda encontro alguns brasileiros também.

Aqui realmente se vivenciam as quatro estacoes do ano (primavera, verão, outono e inverno), é fantástico. Quando eu cheguei, no verão, as casas, bares, pubs (bares ingleses) e ruas eram todos enfeitados de flores. Tudo bem colorido, com plantas verdes e brilhosas. Agora, no outono, as folhas estão amarelando nas árvores e caindo. Mesmo assim, nesse processo de renovação, a natureza não perde sua beleza.

O custo de vida aqui é razoavelmente alto. Os aluguéis de casas, flats ou até mesmo de um quarto double ou single custa muito caro e o pagamento é feito por semana ou quinzena. Muitas vezes é preciso dar um bom adiantamento do aluguel e do imposto mensal, que aqui chamamos de tax.

Para quem vem a Londres com a intenção de trabalhar e ganhar dinheiro, tem que ter muita força de vontade e dedicação, pois o que mais incomoda mesmo é o frio.

O que me chamou atenção nos primeiros dias de chegada aqui foi a segurança que tem o país. Todos os ônibus têm 4 a 5 câmera por andar, como os famosos double-deckers vermelhos (ônibus de dois andares) e um monitor. Os ônibus são identificados por números e nome da linha. Nunca presenciei casos de vandalismo ou baderna nos coletivos. Aqui, a polícia é acionada de imediato em casos de perturbação e os ônibus são todos limpos e conservados. Quando vejo isso, lembro da minha cidade que poderia ser um exemplo, mas está muito longe disso, pois há muitas pessoas que não respeitam o patrimônio público de nossa cidade de Petrolândia, lugar que amo muito.

Em cada parada que o ônibus faz, ele sempre inclina (baixando) o lado esquerdo da saída dos passageiros (porque aqui o motorista fica do lado direito) e caso tenha um cadeirante ou carrinho de bebê é acionada uma rampa, que o veículo tem no espaço já reservado. Usamos um tipo de cartão pré-pago para andar nos ônibus, chama-se Oyster Card. É mais prático e sai mais barato.

A moeda do Reino Unido é a libra esterlina (£) que aqui chamamos de pound, e vale uns R$ 3,80, mais ou menos, atualmente.

Tive a oportunidade de andar no famoso metrô London Underground que os londrinos chamam de The Tube, com 12 linhas separadas.

O que me deixou meio intrigada, observando os costumes daqui, é que uma criança tem mais vez que um adulto. As crianças sentam em ônibus e metrô e não cedem o assento aos adultos e idosos. Pelo menos é o que sempre presencio. Acho que, por ser um pais conservador e capitalista, acham que o mais velho não merece tanto investimento quanto a criança, que será o futuro do pais.

Outra coisa que me chamou atenção foi o trânsito da cidade,que é bem organizado. Os ciclistas, carros e pedestres têm o seu espaço e dificilmente há casos de acidente. Tudo é bem sinalizado.

Realmente, como falei no início, é singular a experiência que estou tendo aqui, em Londres, mas o único sentido para eu estar aqui é me fazer feliz e realizada, é estar todos os dias ao lado do meu esposo, a quem amo muito. Sei que nossa história está apenas começando e que temos muitas coisas para viver, seja aqui ou em outros lugares."

Para ver mais fotos de Kaline in London, clique aqui>Kaline Francisco em Londres


Redação do Blog de Assis Ramalho
Informações e fotos: Kaline Francisco

5 comentários:

  1. Muito bem, prima!! Isso é que é País de primeiro Mundo.

    Engole essa, Brasil!!! As Crianças, consequentemente a Educação, são em Primeiro Lugar. Formar Pessoas Inteligentes para um Bom Futuro.

    Felicidades, Kaline! Você merece!

    Andressa Almeida

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  2. Kaline: nem sabia que você estava tâo distante ,aproveite esta nova vida ,nova cidade ,você merece toda felicidade do mundo ,feliz NATAL!!! Geni Leal .

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  3. Creio, Kaline, que aí a EDUCAÇÃO está em primeiro lugar. Já no Brsil estamos longe disso. Precisamos eleger políticos que realmente tenham consciencia da importancia de se investir na EDUCAÇÃO, CIENCIA, PESQUISA e acreditar nos jovens. Criar intercmabio e investir na qualidade de vida dos cidadaos brasileiros. Outra vergonha ainda é a saude no Brasil. Principalmente a publica no país. É pra isso, que estamos aqui pra fazer a diferença e colaborar para se criar uma nova consciencia de Ser cidadão livre e co-responsavel para consigo e com os outros.
    MAria José de Araujo

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  4. Creio, Kaline, que num pais como Londres a EDUCAÇÃO está em primeiro lugar. Já no Brasil o desenvolvimento economico é prioritario no Brasil. O governo Brasileiro vem investindo muito dinheiro publico em grandes obras que irão beneficiar os políticos no tempo de eleições e os fazendeiros ou latifundiários como: a Transposição, a Transnordestina, a Usina Nuclear, as ARENAS da COPA, SUAPE, etc. A EDUCAÇÃO e SAUDE nao é ainda prioridade neste país. A desigualdade social é gritante neste país. É por isso, que se tem tantas manifestações e tantos jovens gritando pela verdadeira democracia que ainda não se vive neste país. De 88 pra cá, estamos lutando e continuaremos lutando por uma DEMOCRACIA. A nossa esperança é que os jovens cheguem a ocuparem o poder politico com outra visão (políticas públicas, direitos humanos, dignidade humana, superação do preconceito racial/cultural/religioso/ideológico). Vamos nos unir e abraçar a bandeira de luta: Por uma Nova Cultura Social/ Política/ Econômica. Maria José de Araujo - Coordenadora do Projeto Cultura de Paz nas Escolas.

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