quinta-feira, julho 18, 2013

Advogado é suspeito de abuso sexual de adolescentes em edifício do Centro do Recife

De acordo com a delegada Kelly Luna,
 o advogado é bastante conhecido na área 

Denúncias de vizinhos levaram a polícia a identificar, na noite desta quarta-feira (17), um esquema de prostituição de crianças e adolescentes, articulado em um edifício no Centro do Recife. Um advogado, identificado apenas como Sérgio, utilizava o escritório de trabalho, no sétimo andar do edifício Continental, localizado na rua Cleto Campelo, bairro de Santo Antônio, para a prática de relações sexuais com menores. Segundo informações, o homem já praticava o ato ilícito há alguns anos, sendo flagrado, desta vez, com uma garota de apenas 13 anos.

De acordo acordo com a polícia, um dos moradores do prédio, que também é residencial, acionou as equipes ao perceber a entrada da adolescente, por volta das 21h. A testemunha contou que reside no condomínio há oito anos e constantemente se deparava com garotas e garotos, sempre se dirigindo ao apartamento do suspeito. Equipes do 16º Batalhão da Polícia Militar foram acionadas ao local, mas por ausência de mandado, tiveram certa dificuldade para adentrar no local. Depois de muita resistência, o homem aceitou abrir a porta, com a chegada de um amigo, também advogado. Como previsto, a menina se encontrava no recinto.



Os policiais conduziram a garota, em condição de vulnerabilidade, para a Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente (GPCA), mas atenderam ao pedido do suspeito, permitindo que ele utilizasse o carro pessoal e não a viatura para se deslocar a unidade. Com a saída dos PM’s, os dois homens entraram no veículo e fugiram, sem deixar vestígios. Na gerência, a adolescente foi ouvida e contou que o homem pagou a quantia de R$ 50 para abusá-la, algo que já tinha feito em outras oportunidades.

De acordo com a delegada Kelly Luna, o homem é bastante conhecido na área como “doutor Sérgio”. Um inquérito foi instaurado e diligências estão sendo realizadas para a localização do suspeito. Até o momento ele não retornou para o local, não deixando informações sobre o seu paradeiro. A atitude da polícia, em facilitar a locomoção do homem, motivou o acionamento da Corregedoria da Secretaria de Defesa Social. O órgão realiza, nesta quinta-feira (18), a ouvida de todos os envolvidos.

Segundo o corregedor geral, Sidney Lemos, trata-se de um caso grave, apontando expressiva negligência e falta de comprometimento. “Será instalado um procedimento disciplinar para verificar a conduta dos policiais que participaram da ação. Caso seja comprovada a falha serão adotadas as devidas punições, que podem incluir a suspensão e até mesmo exclusão do nosso quadro”, afirmou

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