sábado, novembro 13, 2021

Petrolândia está entre as 9 magníficas cidades submersas do mundo: lugares belos e escondidos

Nedja Alves
Petrolândia está entre as 9 magníficas cidades submersas pelo mundo: lugares belos e escondidos

Você sabia que há um conjunto de construções em baixo d’água? Sim, existem cidades submersas e construções isoladas em diversos continentes que vêm sendo descobertas pelo homem em sua incansável curiosidade de entender o mundo.

Muitos são os mistérios que (ainda) movem a humanidade. Como eram as interações sociais nesses lugares no tempo que ainda estavam sobre a terra? Quando e de forma as construções foram engolidas pelas águas? Algumas respostas são divulgadas por pesquisadores, mas sem dúvida, são MUITOS os segredos sob os mares.

Ficou curioso? Conheça 9 cidades e lugares submersos. Se você gosta de mergulho, vale a pena desbravar esses incríveis pontos do planeta.

1. Canopus, Egito

Franck Goddio

Estudos indicam que a cidade de Canopus foi afundada por uma grande enchente que ocorreu no rio Nilo. Situada nas proximidades da atual cidade de Alexandria, a segunda mais populosa do Egito, Canopus esconde algumas relíquias e os santuários de Serápis e Osíris.


2. Pavlopetri, Grécia
En.Protothema
Considerada a cidade submersa mais antiga do planeta, Pavlopetri era um sociedade sobre o solo há mais de 5 mil anos e foi descoberta há menos de meio século. Esse sítio arqueológico, localizado a 4 metros de profundidade, possui ruas, tumbas e ao menos 15 prédios.

3. Shicheng, China

Situada no lago Qiandao, a cidade submersa de Shicheng é parte do que sobrou de uma cidade erguida por volta de 1300 anos atrás e que foi inundada no final da década de 1950. Hoje ela é uma das principais atrações do lago.


4. Heracleion, Egito
Descoberta há menos de 20 anos pelo arqueólogo Franck Goddio, Heracleion foi consumida pelas águas do Mar Mediterrâneo há cerca de 1200 anos. Desde a sua descoberta, estátuas inteiras, rostos enormes e partes de templos foram encontrados e há muito mais por vir: especialistas afirmam que são necessários ao menos 2 séculos para desvendar todos os mistérios dessa intrigante cidade egípcia.

5. Alexandria, Egito
A antiga Alexandria foi fundada por Alexandre, o Grande em 323 a.C e hoje suas ruínas estão submersas e exploradas desde 1994. Parte de uma mega estátua de Ptolomeu II, o farol de Alexandria e fundações de pontes são alguns dos tesouros históricos encontrados por lá.


6. Dwaraka, Índia
Uma das cidades sagradas da Índia, Dwaraka foi a capital do reino de Krishna, que viveu há cerca de 3100 anos antes de Cristo. Após a submersão, foram encontradas peças de cerâmica, moedas e ruínas medievais.


7. Prisão subaquática em Rummu, Estônia
Uma prisão localizada em Rummu, cidade da Estônia localizada há 50 quilômetros da capital Tallin, que abrigou presos na década de 1920 e hoje está inundada, é dos pontos preferidos por mergulhadores na Europa, não para apreciar corais, rochas exuberantes e a diversificada e linda vida marinha, mas para passar entre paredes estreitas, grades, celas e sentir a ambientação claustrofóbica de um complexo prisional.

Estranho? Sem dúvida. Mas é diferente e até desperta certa curiosidade, o que acha?


8. Yonaguni, Japão
No meado da década de 1980, um mergulhador japonês chamado Kihachiro Aratake descobriu incríveis ruínas submersas próximas à ilha de Yonaguni. Há na região pirâmides de mais de 30 metros de altura, hieróglifos não identificados, esculturas, escadas e estradas de pedra.
Ainda não há comprovação, mas alguns pesquisadores supõem que a submersão na área ocorreu há mais de 10 mil anos, ou seja, na última era glacial.


9. Petrolândia, Brasil
Nedja Alves
Se é difícil viajar para o Egito, Japão ou algum outro país, não se preocupe, há um lugar submerso bem especial em terras brasileiras. Em 1988 a cidade de Petrolândia, localizada no sertão de Pernambuco, foi inundada para a construção de uma hidroelétrica.

Com a redução do volume de água do Lago de Itaparica é possível ver parte da estrutura de uma igreja da velha cidade. E não só ver: ela já serviu de cenário para foto de casamento: olha como ficou interessante!

E então, é muita “viagem” ou dá para visualizar mentalmente como ficarão a sua rua, o supermercado, a praça e aquele restaurante adorável do seu bairro submersos daqui a alguns milhares de ano?

Petrolândia é um município brasileiro do estado de Pernambuco, localizado às margens do Rio São Francisco, à distância aproximada de 430 km da capital Recife. Segundo dados do IBGE (2017), Petrolândia possui o 21° maior PIB do Estado de Pernambuco com um valor de R$ 1.078.384,71 e seu PIB PER CAPITA é o 7° maior, com um valor de R$ 29.865,53.

Petrolândia é Capital Pernambucana da Coconicultura (ou Cocoicultura), título conferido pela Lei Nº 14.591, de 21 de março de 2012.

Colonização

A colonização da região começou no século XVIII, quando foram fundadas as fazendas Brejinho da Serra e Brejinho de Fora. Os primeiros núcleos de povoamento surgiram onde havia uma frondosa árvore de jatobá e um bebedouro para o gado. Por causa disso, o povoado ficou conhecido como Bebedouro de Jatobá.

 

Em 1859, em busca de apoio político para sustentar-se no poder, o Imperador D. Pedro II visitou o Norte, mais especialmente a região hoje conhecida por Sertão do Submédio São Francisco, com longa excursão por cidades ribeirinhas entre as atuais margens de Alagoas, Sergipe e Bahia. Da margem onde atualmente está situada Delmiro Gouveia, o Imperador conheceu a cachoeira de Paulo Afonso.

Após a visita, o Dom Pedro II distribuiu títulos nobiliárquicos na região e, tempos depois, autorizou a construção de uma ferrovia na região, que seria denominada Paulo Afonso, para ligar economicamente o Alto e o Baixo São Francisco, separados por obstáculos naturais, como cachoeiras e corredeiras, que impediam o transporte fluvial.

Em Petrolândia foram construídos um cais e uma estação da ferrovia. Esta linha era uma ferrovia isolada das outras e foi construída no início dos anos 1880 - mais exatamente, foi inaugurada em 1883 - para ligar os dois pontos do rio São Francisco onde, entre eles, não era possível a navegação.

A estação local recebeu o nome de Jatobá, nome do povoado onde foi construída. O porto fluvial para receber e embarcar cargas que vinham pelo rio e que seguiam de ou para Piranhas, cerca de 115 km rio abaixo, ponto final da ferrovia, em Alagoas, onde ficava a maior parte da ferrovia, que não cruzava o rio São Francisco, percorrendo sempre sua margem esquerda.


Em 1887, a sede do município de Tacaratu foi transferida para o povoado de Jatobá, pela primeira vez, devido ao crescimento e desenvolvimento do povoado, causado pela ferrovia. No entanto, as lutas políticas entre grupos da região e mais a construção de outras ferrovias, em Juazeiro e Pirapora, também nas margens do rio, cidades que passaram a ser ligadas por vapores fluviais, o comércio em Jatobá decaiu bastante. Para piorar, em 1906 e em 1919 o rio transbordou e destruiu diversas casas em Jatobá. Como resultado, a sede do município voltou novamente para Tacaratu, em 1928.

Em 1935, Jatobá passou a se chamar Itaparica, nome de uma das cachoeiras próximas. A estação ferroviária mudou de nome também e, em 1943, Itaparica voltou a ser a sede do município. No final desse mesmo ano, mudou outra vez de nome. Passou a ser Petrolândia, em homenagem a Dom Pedro II.

Em 1964, a ferrovia encerrou suas atividades, sob alegação de ser altamente deficitária. Os rumores desse fechamento vinham desde 1942 e somente por pressões políticas a ferrovia continuou funcionando por mais 20 anos.

No dia 6 de março de 1988, a sede administrativa de Petrolândia foi oficialmente transferida para uma a nova cidade, construída às margens da BR-316. O centro da antiga cidade e vários povoados situados em áreas próximas ao rio foram alagados para a construção da Usina Hidrelétrica de Itaparica, posteriormente renomeada Usina Hidrelétrica Luiz Gonzaga. A população foi reassentada em bairros da Nova Petrolândia, em agrovilas e projetos de irrigação.

A partir do enchimento do Lago de Itaparica, além das atividades pecuárias e agricultura de sequeiro tradicionais, novas atividades foram implantadas ou cresceram em importância no município, como a piscicultura em tanques redes e a fruticultura irrigada.

Geografia

Localiza-se a uma latitude 08º58'45" sul e a uma longitude 38º13'10" oeste, limitando-se ao Norte com Floresta, ao sul com Jatobá, a leste com Tacaratu e a Oeste com o Estado da Bahia.

Altitude: 282 m.Área: 1.083,7 Km2.
Região: Nordeste
Micro-região: Itaparica
Meso-região: São Francisco
Estado: Pernambuco
Bioma: Caatinga


Blog de Assis Ramalho, com
Bruno Mendes
Viajali

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