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O CEO do Banco Master, Daniel Vorcaro, preso nesta segunda-feira (17) pela PF — Foto: Ana Paula Paiva/Valor
A investigação que levou à prisão de Daniel Vorcaro, nesta terça-feira, descobriu que a cúpula do Banco Master, junto com a do BRB, “fabricaram” pelo menos 20 títulos de créditos que nunca existiram para justificar a transferência de R$ 12,2 bilhões do banco estatal de Brasília para o Master, entre janeiro e maio de 2025.
De acordo com fontes ligadas à apuração, todos os contratos eram “falsificações grosseiras”. Uma leva dos supostos títulos, inclusive, foi toda autenticada em um único dia e em um único cartório de São Paulo, em abril de 2025, depois de um pedido de técnicos do Banco Central para ter acesso aos documentos da operação, durante uma auditoria sobre a compra do Master pelo BRB, anunciada em março.
No final de março deste ano, o banco de Brasília se propôs a pagar R$ 2 bilhões por 58% do Master e ainda deixar o controle na mão dos atuais donos. Na prática, a operação representava um salvamento, já que o Master tinha sérios problemas de liquidez.
Dos R$ 12,2 bilhões transferidos, R$ 6,7 bilhões foram justificados por meio de contratos falsos, e outros R$ 5,5 bilhões em prêmios.
Daniel Vorcaro é dono do Banco Master
Num primeiro momento, a tentativa de encobrir a fraude se deu com a apresentação de contratos de crédito consignado de duas associações de servidores da Bahia, a Associação dos Servidores da Saúde e Afins da Administração Direta do Estado da Bahia (Asseba) e a Associação dos Servidores Técnico-Administrativos e Afins do Estado da Bahia (Asteba), ligadas ao ex-diretor do Master, Augusto Lima, também preso na operação de hoje. Um valor entre R$ 4 bilhões e R$ 5 bilhões foi justificado dessa forma.
O BC, porém, logo desmontou essa versão, já que as duas entidades não só tinham poucos associados como não tinham na realidade nenhum crédito consignado que pudesse justificar a emissão de títulos de crédito. Durante as investigações, a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) constataram que elas não tinham sequer movimentação bancária.
O BC rejeitou as explicações.

















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