Bira de Seu Afonso Delgado (Foto: Fred William)
Receba os nossos parabéns, junto de um forte e demorado abraço.
Bira de Seu Afonso Delgado
NOS MEUS TEMPOS DE MENINO - A FEIRA DO JIRAU-PE
Foi na feira do Jirau, povoado que faz parte do município de Itaíba, final do agreste pernambucano, pois logo bem próximo, já faz limite com a Região do Sertão do Moxotó. Lá eu nasci e convivi até os meus doze anos. Toda feira do interior do nordeste, com certeza, há de tudo isso um pouco. É somente comprovar na bela música de Luiz Gonzaga e Onildo Almeida (A FEIRA DE CARUARU).
Fiz da feira da minha terra, um verdadeiro laboratório de aprendizado popular. Todos os domingos chegavam os produtos com seus artistas populares mostrando a força dos seus talentos. Eu, como sou um bom prestador de atenção, não me cansava de parar para ouvir os cantadores de ABC, poetas populares que frequentavam as feiras comercializando seus folhetos de cordel. Aliás, veio daí minha paixão por esse gênero da poesia. Sempre admirei as feiras livres, em especial a do meu Jirau, meu torrão de origem. Achava bonito o desfilar dos caminhões paus de arara, que dos quatro cantos chegavam apinhados de pessoas a conduzirem suas mercadorias. Encantava-me com os vendedores de pomadas e cascas de pau, a divertirem o público com seus ousados ventríloquos, que falavam e contavam piadas como se fossem "gente". Adorava os bolos, doce quebra - queixo, os picolés de seu Nilo... Para mim, a feira era sempre uma festa, sendo rara a semana que não a frequentava. Chegava de manhã, no começo, e saía a tardinha, já no final. Hoje me veio um momento que era (QUASE COMUM), a feira com frequência acabava em briga (IMBUANÇA).
NOS MEUS TEMPOS DE MENINO - A FEIRA DO JIRAU-PE
Foi na feira do Jirau, povoado que faz parte do município de Itaíba, final do agreste pernambucano, pois logo bem próximo, já faz limite com a Região do Sertão do Moxotó. Lá eu nasci e convivi até os meus doze anos. Toda feira do interior do nordeste, com certeza, há de tudo isso um pouco. É somente comprovar na bela música de Luiz Gonzaga e Onildo Almeida (A FEIRA DE CARUARU).
Fiz da feira da minha terra, um verdadeiro laboratório de aprendizado popular. Todos os domingos chegavam os produtos com seus artistas populares mostrando a força dos seus talentos. Eu, como sou um bom prestador de atenção, não me cansava de parar para ouvir os cantadores de ABC, poetas populares que frequentavam as feiras comercializando seus folhetos de cordel. Aliás, veio daí minha paixão por esse gênero da poesia. Sempre admirei as feiras livres, em especial a do meu Jirau, meu torrão de origem. Achava bonito o desfilar dos caminhões paus de arara, que dos quatro cantos chegavam apinhados de pessoas a conduzirem suas mercadorias. Encantava-me com os vendedores de pomadas e cascas de pau, a divertirem o público com seus ousados ventríloquos, que falavam e contavam piadas como se fossem "gente". Adorava os bolos, doce quebra - queixo, os picolés de seu Nilo... Para mim, a feira era sempre uma festa, sendo rara a semana que não a frequentava. Chegava de manhã, no começo, e saía a tardinha, já no final. Hoje me veio um momento que era (QUASE COMUM), a feira com frequência acabava em briga (IMBUANÇA).

























































