Aldeia Entre Serras Pankararu, de Petrolândia, participou do evento (Fotos: Regina Lima)
Devolução de água limpa ao rio
Codevasf promoveu repeixamento do rio
Maria de Lourdes, Cacique Truká, de Orocó: "Temos que nos unir nessa luta. Nem que seja necessário fazer uma revolução neste país, não podemos deixar esse rio morrer".A população do Submédio São Francisco atendeu ao chamado do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco-CBHSF e compareceu hoje cedo (03.06) às margens do Velho Chico, na cidade baiana de Juazeiro. O ato do Dia Nacional de Defesa do Rio São Francisco contou com a participação de ativistas ambientais, pescadores, comunidades indígenas e estudantes de diversas escolas municipais de Juazeiro, mas também grupos de outras cidades como Sobradinho, Casa Nova, Rodelas, Paulo Afonso (todas na Bahia), Petrolândia, Orocó e Belém do São Francisco (Pernambuco), entre outras.
Tudo começou com um ritual indígena que misturou dança e cânticos sagrados, realizado pelos índios da comunidade Entre Serras Pankararu, do município pernambucano de Petrolândia. Três barcos estiveram disponíveis, ao longo da manhã, e os participantes puderam realizar um passeio pelas águas são franciscanas, conferindo de perto a degradação que o Velho Chico vem sofrendo. Após discursos de conscientização sobre o cuidado com o rio, cobrança pela revitalização e apresentações de poetas e repentistas, todos desceram às margens do São Francisco para realizar um ato simbólico de devolução de água limpas e peixes, representando a vida.