quarta-feira, agosto 29, 2018

"Meu patrimônio não me coloca junto à elite, me torna independente", diz presidenciável Amoêdo


O candidato do Novo à Presidência da República, João Amoêdo, refutou nesta terça-feira (28) os ataques feitos por adversários nos últimos dias de que sua candidatura representa a elite econômica brasileira e disse que começa a perceber um aumento do interesse em seu nome nos setores mais populares.

"Meu patrimônio não me coloca junto à elite, me torna independente", disse Amoêdo.

Candidato mais rico entre os postulantes ao Planalto este ano, o ex-banqueiro disse que vai bancar entre 20% e 30% de sua campanha.

Amoêdo é o segundo convidado da série de encontros Estadão-Faap Sabatinas com os Presidenciáveis. No evento, ele comemorou o resultado das últimas pesquisas mesmo sem ter participado dos debates.

Também se mostrou contente com a recente onda de ataques contra o seu nome nas redes sociais. "Se está incomodando, mostra que a gente está crescendo", disse.


Questionado sobre sua estratégia para desbancar Jair Bolsonaro (PSL) no campo da centro-direita, Amoêdo disse entender que parte dos eleitores do capitão reformado do Exército tem um sentimento anti-PT, mas pode migrar para sua candidatura porque ela tem mais coerência. "O Bolsonaro é visto como anti-PT, mas não sabemos qual é a linha dele, porque ele nunca fez, na prática, o que defende hoje."

Venezuela

Sobre suas propostas para a política externa brasileira e sua posição sobre a Venezuela, Amoêdo disse que o Brasil deveria seguir o exemplo do Chile na América do Sul e orientar sua política comercial em direção às economias mais ricas e a um maior número de tratados comerciais.

Ele disse ainda que o Brasil não deveria, neste momento, aplicar nenhum tipo de sanção ao país governado por Nicolás Maduro, porque isto prejudicaria ainda mais a população.

"O Brasil tem que receber os refugiados, tem que ter um caráter humanitário. Isso pode acontecer com a gente mais pra frente, não sabemos que governo virá aí", defendeu o candidato. "Hoje, o que dá para fazer é receber imigrantes aqui e se alinhar com as grandes democracias do mundo para pedir mudanças no governo."

Líder de um pequeno partido que não fez alianças para a corrida nacional, Amoêdo recebeu várias perguntas da plateia sobre como pretende fazer para governar o País a partir de uma base de sustentação tão pequena.

Ele se disse otimista e crê em uma maior renovação do Congresso no ano que vem. "A negociação com o Congresso não será fácil, mas é possível se criarmos as condições certas: propor ideias claras, determinação e bom senso sem desviar de valores", avaliou.

Estadão Conteúdo/Diário de Pernambuco

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