quinta-feira, março 17, 2016

"Você é um moleque. Vamos resolver isso lá fora" diz tucano a petista em briga no Senado

"Como é? Como é? Você é um moleque. Vamos resolver isso lá fora", falou indo na direção de Lindbergh, que retrucou: "Eu não te respeito."

Com os ânimos acirrados, senadores do PT e do PSDB se revezam no plenário do Senado nesta quinta-feira (17) em defesas e acusações contra o governo da presidente Dilma Rousseff e a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro da Casa Civil.

O líder do PT, Paulo Rocha (PA), defendeu a indicação de Lula para o cargo e acusou o PSDB de estar acirrando os ânimos no país. Com o dedo em riste, apontado para o senador Aécio Neves (PSDB-MG), Rocha afirmou que "Lula não é bandido e não é salafrário". "Agora, o senhor vem aqui e fala que é para acalmar, fazer um debate, mas depois de acirrar?", questionou o petista em referência às manifestações realizadas nesta semana contra o governo federal.

Como Rocha se virou de costas para a Mesa Diretora do Senado ao discursar, o senador Ataídes de Oliveira (PSDB-TO) reclamou e pediu que ele cumprisse as regras da Casa. Segundo o regimento, nenhum senador pode discursar de costas para o senador que estiver presidindo a sessão.

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) reclamou da interrupção feita pelo tucano. "Fica na sua", disse. Em resposta, Ataídes se voltou na direção do petista e o chamou para uma briga física. "Como é? Como é? Você é um moleque. Vamos resolver isso lá fora", falou indo na direção de Lindbergh, que retrucou: "Eu não te respeito."

Com o aumento da temperatura dentro do plenário, outros senadores apaziguaram os ânimos dos dois senadores. Em seguida, Aécio respondeu brevemente. "Ele nos acusa de ter acirra os ânimos do país? Teremos nós essa força, ou são essas denúncias sucessivas que não cessam, ou são as medidas equivocadas que levam à recessão", disse. Antes da discussão, Ataídes, em uma breve fala, afirmou que Lula "é um merda".

Inicialmente, o Senado havia programado uma sessão temática em homenagem aos artesãos, mas ela foi cancelada porque os parlamentares presentes na Casa pressionaram o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a abrir uma sessão deliberativa extraordinária. O peemedebista autorizou, mas, até o momento desta publicação, ele não havia ido ao Senado.

uol

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