quinta-feira, março 31, 2016

Relação entre golpe militar de 1964 e momento político atual é analisada na Alepe


O aniversário de 52 anos da instalação do golpe militar no Brasil – e o possível entendimento de que há semelhanças entre esse e o atual momento político brasileiro – deram o tom dos discursos durante a Reunião Plenária da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) desta quinta (31). Os deputados Teresa Leitão (PT), Edilson Silva (PSOL) e Romário Dias (PSD) foram à tribuna relembrar o contexto político daquela época e apresentar seus posicionamentos sobre como lidar com a crise enfrentada, hoje, pelo Governo Federal.

A deputada Teresa Leitão começou reverenciando as vítimas do período ditatorial no País: exilados, perseguidos, presos, torturados e desaparecidos políticos. Ela defendeu que é preciso lembrá-los para que os erros daquela época não se repitam agora. “Iremos às ruas, sem ódio e sem medo, sem intolerância social ou política, sem nenhuma saudade de 64”, comentou, referindo-se ao movimento em defesa pela democracia, marcado para ocorrer nesta quinta, em diferentes cidades brasileiras.

A manifestação de hoje também ganhou o apoio de Edilson Silva. Para o parlamentar, a promoção do impeachment da presidente Dilma Rousseff com base nas denúncias de pedaladas fiscais criará uma “fragilidade jurídica” no País. “Se Dilma Rousseff for destituída da presidência com base nesse frágil argumento, será aberta a jurisprudência necessária para que eu peça o impedimento do governador de Pernambuco, uma vez que o Tribunal de Contas do Estado verificou pedaladas nas contas do Estado em 2013, quando Paulo Câmara era secretário da Fazenda”, pontuou.

Já o deputado Romário Dias afirmou estar “envergonhado” com a atual situação do Brasil. Esta é a maior crise política, econômica e moral que o País já viveu”, analisou. O parlamentar comentou, ainda, sobre a saída do PMDB da base do Governo e do encaminhamento do processo de impeachment por políticos denunciados pela Operação Lava Jato. “É triste saber que a negociação de ministérios e cargos é a principal moeda de troca hoje”, concluiu.

Alepe

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