Metamidofós: uma gota pode matar um homem adulto
Desde 2012 seu uso foi proibido, mas ele permanece no ambiente por 10, 20 anos, atingindo terra, água, plantas e animais. Incluindo o Homem. Além disso, muitos outros defensivos agrícolas ainda ajudam a sustentar a economia do maior produtor de soja do país.
E do centro deste problema de saúde pública começam a surgir soluções. Izabela Gutierrez, em seu mestrado na Universidade Federal de Mato Grosso [UFMT], desenvolveu uma tecnologia barata e rápida para identificar a presença do agrotóxico na água, terra e até no alimento. Antes disso, os estudos precisavam ser feitos em laboratórios na região sudeste. Isso levava dez dias. Com a invenção da cacerense, o teste sai em 30 minutos.
O perigo deste agrotóxico é que ele bloqueia uma enzima no cérebro, atrapalhando as sinapses, que são os pulsos elétricos que fazem o cérebro controlar tudo. Normalmente, esta enzima quebra algumas moléculas, gerando íons. Mas o pesticida se gruda, segura a enzima e não a deixa trabalhar. As moléculas que deveriam ser quebradas acabam se acumulando, e começa o problema.