Caatinga: vegetação está reduzida a garranchos, na margem da represa de Itaparica, no Sertão de Pernambuco (Foto: Lúcia Xavier)
Mesmo com a seca “terrível” que ocorre no Nordeste, não há o menor risco de faltar energia na região, afirmou hoje (21) o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim.
Ao participar de uma conferência Internacional de energia, promovida pela Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro (Amcham), Tolmasquim destacou que o aumento da oferta de energia eólica e térmica na região tem sido fundamental para que o Nordeste ultrapasse o período de seca sem temer a falta de energia.
"Estamos passando por uma seca terrível em decorrência do [fenômeno] El Niño, mas o risco de faltar energia é zero, justamente por causa das térmicas que estão entrando em operação no Nordeste e também por conta das [usinas] eólica. Teve dia em que a eólica (energia proveniente dos ventos] chegou a gerar mais que a hídrica e a térmica, que juntas estão gerando quase dois terços da energia consumida na região”, disse o presidente da EPE.
Segundo Tolmasquim, mesmo estando enfrentando uma seca severa há cerca de três anos, o Nordeste continua imune aos riscos de desabastecimento, em parte por causa da entrada das térmicas e das eólicas no Sistema Interligado Nacional (SIN) e também em decorrência da grande flexibilidade desse sistema, que permite o deslocamento de energia entre os diversos subsistemas do país.