Expectativa é que, até o fim deste ano, produtores de mudas, compradores e órgãos de fiscalização ambiental estejam articulados, trabalhando para contribuir com o plantio de árvores nativas e gerando renda para pequenos viveiristas de mudas nativas da Mata Atlântica.
Atualmente as ações de restauração ecológica resultam principalmente pela busca ao cumprimento das obrigações legais relacionadas à adequação ambiental de propriedades , no que se refere a recuperação de áreas de preservação permanente – APP´s e reserva legal – RL e compensações florestais em função da supressão de vegetação nativa para uso alternativo do solo. Em Pernambuco, proprietários rurais, empresas e órgãos públicos necessitam comprar mudas para realizar atividades de restauração ecológica e se adequarem ambientalmente.
Ainda que um efetivo controle do cumprimento das obrigações legais seja a principal razão para o baixo número de iniciativas de restauração no estado, a ausência de uma organização do setor produtivo da restauração no Estado em nada contribui para reverter esse cenário, os produtores possuíam pouca estrutura técnica e administrativa para produzir mudas com essa finalidade. Com isso, os compradores daqui, quando motivados a realizar ações de restauração, muitas vezes, compram insumos no Sudeste do país, fazendo uso de espécies não regionalizadas e não contribuindo com o desenvolvimento da cadeia da restauração no estado.