domingo, setembro 30, 2018

Um filhote de papagaio e duas jiboias são resgatados após denúncias anônimas na Região Metropolitana do Recife

Ave foi anunciada para venda em grupo de rede social e as jiboias eram criadas em uma residência no Recife (Foto: CPRH/Divulgação)
Duas denúncias anônimas levaram policiais a resgatar, na noite da última quinta-feira (27), um filhote de papagaio-verdadeiro (ave ameaçada de extinção) que estava sendo colocado à venda por um morador de Camaragibe, Região Metropolitana, e duas jiboias que eram criadas em cativeiro numa residência do Alto José do Pinho, na Zona Norte do Recife. Os animais foram entregues à Agência Estadual do Meio Ambiente (CPRH) na manhã de sexta (28) e serão devolvidos à natureza.

A primeira denúncia, de que uma pessoa havia colocado o filhote de papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva) à venda, em um grupo de WhatsApp, foi feita à Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente (Cipoma) , da Polícia Militar. Um major da Cipoma conseguiu ingressar no grupo e acertou a compra, marcando o encontro para local próximo à Curva do S, em Piedade. Morador de Camaragibe, Kaio César Gomes Soares caiu na ‘arapuca’ e levou o papagaio que pretendia vender por R$ 500. Terminou sendo conduzido à Polícia Federal, onde foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO).

A CPRH foi acionada e dois autos de infração foram aplicados, com multa de R$ 10 mil (R$ 5 mil pela posse de um animal silvestre de espécie em extinção e R$ 5 mil pela exposição do mesmo em imagem (propaganda) em cativeiro irregular e para fins comerciais, dois crimes ambientais. A ave seguirá para o Centro de Animais Silvestres de Pernambuco (Cetas Tangara), da CPRH, que desenvolve com parceiros no Sertão o projeto Papagaio da Caatinga, voltado à preservação da espécie.

Já a denúncia que resultou no resgate das jiboias foi feita à Delegacia da Macaxeira, indicando porte ilegal de armas pelo morador. Um policial civil foi ao local, mas não encontrou nenhuma arma. Foram vistos, no entanto, algumas gaiolas com pássaros anilhados e um viveiro onde as duas serpentes eram criadas. O proprietário apresentou documentos de comprovação de que as aves são oriundas de criadouros legalizados. Mas, no caso das jiboias (Boa constrictor), não constava registro algum. Um TCO também foi lavrado e as jiboias foram apreendidas e também seguirão para o Cetas e, posteriormente, voltarão à natureza.

Núcleo de Comunicação Social e Educação Ambiental - NCSEA
Agência Estadual de Meio Ambiente - CPRH

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