04 novembro 2019

Petrolândia/Jatobá: Nova União mostra bons resultados na II Copa Reis do Tatame, em Paulo Afonso-BA



A Academia Nova União Ebbers Bros mais uma vez se destacou em uma competição regional de jiu-jitsu. Semana passada, foi realizada em Paulo Afonso, Sertão da Bahia, a II Copa Reis do Tatame e, sob o comando do professor Thiago Ebbers, a equipe da Nova União Ebbers Bros Jiu-Jitsu de Petrolândia e Itaparica obteve bns resultados.

"Agradeço primeiramente a Deus por nos dar saúde, humildade, sabedoria e perseverança de nunca desistir dos meus sonhos e objetivos. Parabenizo a todos os atletas que deram seu máximo a cada luta, respeitando seus adversários e lutando com garra e honra. Obrigado a todos que nos ajudaram de alguma forma: alunos, amigos, familiares e patrocinadores. Gratidão a todos" declarou o professor Thiago Ebbers, que é patrocinado por Academia C2 fitness, Açaí Concept e Nutrimix.

Confira o resultado dos atletas da Nova União:
Thiago Ebbers 1 lugar categoria médio master 1
3 lugar categoria médio adulto
Guilherme Ebbers 1 lugar categoria pré mirim
Pedro Henrique 1 lugar categoria infantil
Gustavo Pereira 1 lugar categoria infanto juvenil
Marcos Vitor 2 lugar categoria infanto juvenil super pesado
Maurício Alexandre 2 lugar categoria infanto juvenil leve
Adriel Max 2 lugar categoria juvenil leve
Deylon Dias 1 lugar categoria adulto meio pesado (Itaparica - PE)
Jose Luiz categoria adulto galo (Itaparica - PE)


As informações e fotos são do professor Thiago Ebbers.


Redação do Blog de Assis Ramalho

ICMBio suspende visitas a Abrolhos por causa do óleo


Dois dias após fragmentos do óleo que já poluiu praias e mangues dos nove estados da Região Nordeste ter atingido uma pequena área do Parque Nacional Marinho de Abrolhos, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade(ICMBio) decidiu suspender, temporariamente, as visitas de turistas à unidade de conservação.

Localizado a cerca de 70 quilômetros (km) da cidade de Caravelas (BA), o parque nacional, criado em 1983, tem uma das mais rica biodiversidade marinha do Brasil e do Atlântico Sul, com estruturas de recifes únicas. Segundo o ICMBio, a região é o principal berçário das baleias jubarte no Atlântico Sul e refúgio de espécies de tartarugas marinhas ameaçadas de extinção, além de aves marinhas que aproveitam o fato de as águas ao redor do arquipélago serem fartas em peixes e outras espécies marinhas – o que faz da pesca fonte de subsistência de milhares de moradores da região.

Anunciada na tarde deste domingo (3), a suspensão das visitas entrou em vigor hoje (4). Inicialmente, a medida deve vigorar por três dias, mas pode ser prorrogada caso as ações de remoção do óleo não surta efeito até esta quarta-feira (6) ou novas manchas de óleo atinjam a região.
Visitas

As visitas foram suspensas para que a presença de turistas não atrapalhe o serviço de limpeza e controle das áreas já afetadas. Funcionários de empresas de turismo autorizadas a transportar os visitantes de Caravelas até o arquipélago dos Abrolhos entrevistados pela Agência Brasil disseram esperar que não seja necessário ampliar o período de suspensão das visitas.

Segundo Daniela Figueiredo, vendedora de uma das operadoras de passeios turísticos credenciadas, os “pequenos fragmentos de óleo” encontrados no sábado estavam concentrados em um pequeno trecho da Ilha de Santa Barbara, não tendo, até agora, sido avistados em outros pontos do arquipélago, de 87.943 hectares distribuídos por cinco ilhas. Um hectare corresponde a aproximadamente às medidas de um campo de futebol oficial.

“O que chegou no arquipélago, entre a Ilha de Santa Barbara e o Portinho Norte, foram pequenas bolotas de óleo. Para facilitar o recolhimento dos resíduos, o chefe do parque nacional [Fernando Pedro Marinho Repinaldo Filho] determinou a suspensão das visitas por três dias”, disse Daniela.

A empresa em que trabalha, a Horizonte Aberto, foi comunicada da decisão na tarde deste domingo (3). “Embora não vejamos a necessidade disso, já que, até o momento, a área atingida é pequena, compreendemos que se trata de uma questão de precaução”, disse Daniela, acrescentando que, no sábado (2), a empresa levou um grupo de mergulhadores esportivos até o local e “não vimos nada de alarmante, embora, de fato, estejamos torcendo para que nada de pior aconteça”.

Já Gislene Amaro dos Santos, auxiliar administrativa de outra empresa de turismo, teme a repercussão negativa das notícias de óleo na região. “Segundo nos informaram, as visitas serão suspensas só por três dias, e apenas para facilitar a limpeza dos fragmentos de óleo que chegaram à região. Não sabemos ainda o impacto futuro que isso pode ter, se as pessoas, vendo as notícias na TV, podem decidir adiar ou até desistir de vir conhecer à região, cancelar viagens que já estavam programadas.”

De acordo com Gislene, como a temporada de observação de baleias jubarte já está chegando ao fim e a temporada de verão ainda não começou, a suspensão temporária das visitas tende a não causar um grande impacto imediato para as operadoras turísticas. “Mas temos que esperar e torcer para que o problema seja logo resolvido, que os locais já afetados sejam limpos e que não voltem a ser atingidos”, disse Gislene, acrescentando que embarcações locais e moradores da região têm ajudado na limpeza e monitoramento do óleo.
Prefeitura

Nas redes sociais, a prefeitura de Caravelas, em cujas praias o óleo começou a ser encontrado na sexta-feira (1), informou que a limpeza estava a cargo não só de funcionários das secretarias municipais de Obras, Meio Ambiente e Saúde, mas também de voluntários, que se organizaram para ajudar. A prefeitura também alerta os munícipes e turistas a evitarem o contato direto com a substância sem o uso de equipamentos adequados, tais como luva de borracha, máscara, botas. O recomendável é que, caso necessário, utilize-se pás ou algum objeto para remover o óleo, que deve ser armazenado em sacolas resistentes ou baldes.

Desde o fim de agosto, quando manchas de óleo cru começaram a ser avistadas ao longo do litoral nordestino, a substância de origem desconhecida já atingiu os estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Segundo o Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA), formado pela Marinha, Agência Nacional de Petróleo (ANP) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), até o último sábado (2), mais de 3,8 mil toneladas de resíduos de óleo já tinham sido recolhidas.

Segundo investigações da Polícia Federal, há suspeitas de que o óleo tenha sido derramado por um navio de bandeira grega, o Bouboulina, a cerca de 700 km da costa brasileira. Estudos da Petrobras atestam que o óleo cru é proveniente de campos petrolíferos na Venezuela.

Por Agência Brasil

Marinha envia seus dois maiores navios para auxiliar no combate ao vazamento de óleo no Nordeste


Os dois maiores navios da Marinha do Brasil saem do Rio de Janeiro nesta segunda-feira (4) em direção ao Nordeste do país para ajudar no combate ao vazamento de óleo que atingiu as praias da região.

A medida foi tomada mais de 60 dias após o óleo começar a chegar à costa brasileira. No sábado (2), a Marinha endossou investigação da Polícia Federal que apontou, na sexta (1), um navio grego como suspeito do despejo.

O primeiro navio, o Atlântico, deixou o Arsenal de Marinha, na Zona Portuária do Rio, ao meio-dia. O segundo, o navio-doca multipropósito Bahia, deixará a Base Naval do Mocanguê, na Baía de Guanabara, às 15h.

Além dessas duas grandes embarcações, uma fragata, seis aeronaves e um terceiro navio também sairão do local.

No total, duas mil pessoas participarão da missão - sendo 670 fuzileiros navais. Os fuzileiros vão desembarcar para participar da limpeza das praias, manguezais e arrecifes.

O Atlântico e a fragata vão trafegar pelo litoral nordestino em patrulha e monitoramento das águas, com exceção do Bahia - este, por ser um navio-doca, e também por questões de logística, ficará atracado no Porto do Suape, no Recife.

A previsão é que os navios cheguem no Nordeste no dia 10 deste mês.

Mais de 300 praias atingidas

O óleo já atingiu 314 localidades da orla brasileira. No total, o Ibama afirma que 110 municípios foram afetados em todos os nove estados do Nordeste: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.

A Federação Internacional de Poluição por Petroleiros (ITOPF, na sigla em inglês) tem um guia público de boas práticas para a limpeza de locais contaminados. O órgão já atuou em mais de 800 vazamentos causados por navios em 100 países diferentes nos últimos 50 anos. Segundo o ITOPF, a limpeza manual é a mais indicada para o caso das manchas de óleo no Nordeste.

"A melhor técnica aqui é a limpeza manual, para ser seletivo e reduzir o dano ambiental, considerando a natureza do óleo e dos substratos contaminados. Máquinas como tratores podem ser usadas onde for possível, mas é preciso levar em consideração os possíveis efeitos no meio ambiente, inclusive em ninhos de tartarugas", diz Richard Johnson, diretor técnico do ITOPF.

Reincidência

Um terço das mais de 280 localidades atingidas pelo óleo no Nordeste chegaram a ser limpas, mas viram a poluição retornar ao menos uma vez. Ao todo, 83 praias e outras localidades tiveram a reincidência da contaminação, o que representa 29,5% dos locais afetados pelo petróleo cru que começou a surgir no fim de agosto.

A praia que mais sofreu com grandes resíduos de óleo, segundo os balanços do Ibama, foi Jandaíra, na Bahia. A localidade foi a que mais vezes apareceu nos relatórios com o status que equivale a manchas maiores que 10% da praia. Ao todo, em 18 relatórios do Ibama algum ponto dessa praia, que fica próxima à divisa com Sergipe, apareceu com manchas grandes: a primeira, em 4 de outubro, e na segunda-feira (28) da semana passada.


Por G1

Acidente mata uma pessoa e deixa outras três feridas em Taquaritinga do Norte, PE


A Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou 22 acidentes no fim de semana, em rodovias federais de Pernambuco, com 44 veículos envolvidos. No total, 28 pessoas ficaram feridas, aplicadas 10 multas por alcoolemia e 9 pessoas foram detidas.

Na BR-104, em Taquaritinga do Norte, uma pessoa morreu e três ficaram feridas em um acidente na madrugada deste domingo (03). Dois veículos bateram de frente. Quatro pessoas foram socorridas pelo Samu para o Hospital Municipal Nossa Senhora de Fátima, em Toritama.

José Erisvan Alves de Brito, 21 anos, motorista de um dos veículos, não resistiu aos ferimentos e faleceu. O Corpo de Bombeiros também atuou na ocorrência.

Por Pernambuco Notícias

Quilombo em Pernambuco está cercado por óleo de todos os lados


O quilombo de Mercês, no município de Ipojuca, litoral sul de Pernambuco, está sendo atacado por todos os lados. Enquanto tenta garantir a titulação do parte do seu território tradicional, que foi comprimido quando as indústrias do Complexo Industrial Portuário de Suape começaram a ser instaladas por ali em meados dos anos 1970, a comunidade descendente de negros libertos tenta sobreviver em um ambiente degradado. Derramamentos de petróleo no mar e nos mangues são as ameaças mais recentes para as 268 famílias.

Em agosto deste ano, parte do território tradicional da comunidade – reconhecida pela Fundação Palmares como remanescente de quilombo em 2016 – foi contaminada por um vazamento de petróleo da refinaria Abreu e Lima. A operação da Petrobras, um dos principais alvos da Operação Lava Jato, fica em Suape, a poucos metros das casas dos quilombolas.

Antes da chegada do complexo industrial de Suape, aproximadamente 3 mil habitantes ocupavam 4,7 mil hectares, desde a região da refinaria até as ilhas de Mercês, Cocaia e Tatuoca, onde os navios que chegam ao porto são atracados. Hoje, o território foi reduzido a menos da metade. Restaram cinco núcleos de moradias com cerca de mil pessoas – sendo cem crianças – em 1,6 mil hectares. Esta terra está ainda em processo de titulação.

No último dia 26 de agosto, uma enorme área de mangue – cerca de 4,5 hectares – foi impactada pelo vazamento de cinco metros cúbicos de óleo misturado com água proveniente da refinaria Abreu e Lima. Até então, era o único lugar onde os quilombolas, que vivem basicamente da pesca artesanal e da plantação de verduras e frutas, ainda conseguiam encontrar camarões para consumir e vender nos bares, restaurantes e feiras do litoral sul de Pernambuco.

Depois do incidente, a pescadora Marinalva Maria da Silva, de 53 anos, notou que os camarões do mangue ficaram escuros. “Pareciam queimados. Eu comi, não vou mentir”, confessa. Ela também disse que cardumes de pequenos peixes estão morrendo sem explicação.

Segundo a Petrobras e a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), o poluente vazou da estação de tratamento de despejos industriais da refinaria. A agência informou que o escape aconteceu por uma perfuração em uma das tubulações, porém a Petrobras não detalhou as causas. As instituições informaram que a substância oleosa atingiu um córrego, mas foi contida antes de chegar ao mar.

A refinaria foi multada pela CPRH em R$ 705 mil pelo crime ambiental. O valor ainda não foi pago porque a Petrobras apresentou recurso administrativo no órgão. Além disso, a unidade de refino foi obrigada a aplicar um plano de remediação para a retirada total do óleo das áreas contaminadas.

Magno Araújo é líder comunitário do quilombo. Ele afirmou que os poluentes não foram drenados e em vez disso a área de mangue está sendo destruída. “Cortaram as árvores e agora estão jogando terra em cima. Ou seja, aterrando o mangue”, denunciou. A reportagem da Agência Pública visitou o local, que foi isolado pela refinaria Abreu e Lima, e viu trabalhadores aparentemente recolhendo o óleo, além das árvores cortadas.

“Muitos animais morreram, porém nunca soubemos a real extensão dos danos porque foi abafado”, observou o diretor de assistência técnica quilombola da prefeitura de Ipojuca, Jadson Rodrigo Barreto. Na época do vazamento, ele afirma ter visto sacos sendo retirados do mangue e jogados em caminhões de lixo com trituradores, por equipes que limpavam o local. Jadson acredita que animais mortos no incidente podem ter sido escondidos nesses sacos.

Diretor de controle de fontes poluidoras da agência estadual ambiental, Eduardo Elvino afirmou à Pública que “não viu esses sacos”. Ele confirmou que 12 animais foram resgatados sujos de óleo – apenas quatro sobreviveram. Um jacaré-de-papo-amarelo, espécie ameaçada de extinção, morreu. O diretor disse que o governo estadual tem acompanhado a limpeza da área e que o corte das árvores faz parte do procedimento para recuperação do solo.

“Fizemos uma visita ao território de Mercês e não identificamos manchas de óleo a olho nu. Também coletamos água e os resultados de contaminação foram negativos”, esclareceu.

Procurada pela Pública, a Petrobras informou que o material vazado “ficou contido exclusivamente em áreas internas da refinaria” e que “não foi constatada presença de óleo” nas inspeções feitas junto com profissionais da agência ambiental no rio Tatuoca, que margeia a comunidade de Mercês.

Apesar disso, os moradores do quilombo, profundos conhecedores do terreno onde habitam há gerações, dizem que os sinais de contaminação, como peixes mortos sem causa aparente, estão se espalhando. Eles temem o escoamento do óleo para outras áreas, caso o material não seja removido do mangue até o período de chuvas, que começa em janeiro.

Agora, a ameaça vem do oceano

“O governo de Pernambuco e a Petrobras se apressaram em dizer que nossa comunidade não tinha sido prejudicada no incidente da refinaria Abreu e Lima, mas fomos! Agora, outro vazamento nos ameaça. Estamos ilhados por dois derramamentos de óleo”, resume, em tom indignado, o líder comunitário do quilombo, Magno Araújo.

Ele se refere às imensas manchas de petróleo que começaram a surgir no litoral nordestino no final do mês de agosto, quase que simultaneamente ao incidente na refinaria. No dia 2 de setembro, as primeiras porções de óleo apareceram nas praias da região metropolitana do Recife. Em Suape, o vazamento da operação da Petrobras chegou a ser apontado como responsável. Porém, após análises, a CPRH concluiu que os materiais tinham composições diferentes.

Em dois meses, o derramamento de petróleo cru no mar já contaminou mais de 280 localidades no litoral brasileiro, sem que suas causas tenham sido explicadas. O caso já é considerado o maior desastre ambiental litorâneo do país. Somente em Pernambuco, mais de 1,5 mil toneladas de óleo foram retiradas das praias até agora, de acordo com a Secretaria de Meio Ambiente.

Para os quilombolas, o material tóxico, que tem hidrocarbonetos cancerígenos, começou a aparecer no último dia 20 de outubro. As manchas de óleo atingiram as ilhas de Tatuoca e Cocaia, dentro do território tradicional.

A reportagem foi até o local onde o governo de Pernambuco, por meio do porto de Suape, instalou barreiras de contenção para evitar que o material avance pelo rio Tatuoca e chegue ao mangue. O ponto é bem próximo das casas do quilombo. A bordo do pequeno barco do pescador Aldemir Minervino, de 38 anos, conhecido como Jessé, leva-se 15 minutos do núcleo de moradias até lá.

A barreira flutuante foi posta no dia 19 de outubro. Ela está em um local onde o Estaleiro Atlântico Sul, uma das indústrias de peso de Suape, construiu uma estrada, o que barrou o fluxo das águas no estuário do rio Tatuoca. O mangue e o rio estão de um lado do acesso viário, do outro está o mar. As boias de contenção do óleo ficaram do lado do mar, junto aos canos que passam por baixo da estrada, para que a água possa escoar.

“Quando a maré enche, a vazão da água suga as boias para os canos e elas afundam”, contou Jessé, questionando se a barreira é mesmo eficaz, uma vez que submerge de tempos em tempos.

O próprio Ibama reconheceu a ineficácia das barreiras de contenção em estuários como o do rio Tatuoca, porque o petróleo afunda na água doce, menos densa do que a salgada. Em seu site, o órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente informou que é difícil detectar o óleo derramado no litoral por satélites ou prever sua trajetória. Além disso, afirma que as barreiras são eficazes em correntes com velocidades de até 1 nó, ou 1,8 quilômetro por hora. “A vazão dos rios é muito superior”, diz o site.

Esses sistemas de proteção, embora não sejam eficientes, têm sido a única solução apresentada até agora pelos órgãos oficiais para reduzir os impactos da tragédia no Nordeste. Assim, em Pernambuco, rios como o Mamucabas e Persinunga, no litoral sul, já foram contaminados, além de pelo menos quatro áreas de mangue, de acordo com os balanços divulgados pela Secretaria de Meio Ambiente e a Marinha.

“Não sabemos se aqui isso também está acontecendo. Se o petróleo está passando por debaixo da barreira para local onde pescamos”, ponderou Magno Araújo. O problema é que, quando chega ao mangue, o óleo se torna mais difícil de limpar porque parte se mistura com a lama e não fica visível, segundo o professor do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Pernambuco (UPE) Clemente Coelho. “O mangue é berçário de espécies. Se o mangue de Mercês já foi contaminado, os danos aos ecossistemas podem perdurar por anos”.

A agência ambiental estadual informou que está monitorando os poluentes nos locais atingidos e que fará um “teste para identificar hidrocarbonetos na água da região na próxima semana”.

“Podemos estar sendo contaminados sem saber”

O derramamento de petróleo nas praias é mais uma ameaça para os pescadores de Mercês. No entanto, todos os entrevistados pela Pública disseram que continuam pescando porque não têm certeza se os crustáceos e peixes estão contaminados.

“A gente sabe que alguns crustáceos, que são pescados pela comunidade no mangue, tiram a impureza do mar, como as ostras e os mariscos. Eles absorvem a impureza para si”, analisou Magno Araújo. O medo da intoxicação e a falta de informações claras tem prejudicado as vendas de pescados no litoral pernambucano.

Mesmo assim, nenhum dos pescadores do quilombo está entre os beneficiados com um seguro-defeso para áreas atingidas, anunciado pelo governo federal. Dos mil pescadores pernambucanos, apenas 400, que fazem parte da pesca da lagosta, terão direito ao valor de um salário mínimo.

O derramamento de óleo na costa pode acabar de vez com a pesca em Mercês, que já está difícil. Antes das instalações das fábricas em Suape, em um dia a pescadora Marinalva catava até 8 quilos de aratu (uma espécie de crustáceo) do mangue. O quilo do produto é vendido atualmente por R$ 45. “Aqui tinha cada ostra enorme. Tinha siris, muito caranguejo, mariscos. Está sumindo tudo por causa da poluição. Tem dia que a água chega a ficar prateada dos produtos que as fábricas jogam”, conta.

“A gente só voltava com o samburá [cesto de cipó para guardar os peixes] cheio. Essa semana saí às 23h30 e voltei às 4h com três peixes pequenos”, narra o pescador Jessé, contando que muitas vezes pega um ônibus para pescar a 20 quilômetros da sua comunidade, onde ainda precisa alugar um barco.

Águas e mangues estão contaminados. Os solos e o ar também. “Quando as indústrias soltam muitos gases, meu menino fica alérgico. A gente sente o mau cheiro”, conta Alda Maria, de 42 anos, mãe de Carlinhos, de pouco mais de 1 ano. Ela também desenvolveu problemas respiratórios, que atribui aos poluentes.

O marido dela, Carlos Aquino, de 47 anos, trabalha como vigia mas complementa a renda de um salário mínimo com a pesca. Eles não têm plano de saúde e moram em uma casa a 100 metros da refinaria Abreu e Lima. “Não queremos sair daqui porque é nosso direito”, afirma Alda.

A água que a família bebe vem de um poço. É o mesmo sistema usado na maioria das casas do quilombo. “Os derramamentos de óleo e de tóxicos no terreno podem contaminar lençóis freáticos, chegando aos poços, cacimbas e às plantações”, alerta o engenheiro agrônomo Marlon Araújo. Ele diz que ainda não foram feitos testes para checar o nível de toxicidade das águas e do solo do quilombo.

Silenciados diante da degradação constante de suas terras, os moradores de Mercês estão sendo esquecidos também na tragédia do petróleo que aflige o Nordeste. “Não sabemos se o petróleo chegou no rio e no mangue. Nem fomos orientados por nenhuma autoridade sobre o que fazer se isso acontecer. Podemos estar sendo contaminados sem nem saber.” , denuncia Marno Araújo.

Ineficiência agrava o desastre

A ineficiência nas ações de contenção do petróleo derramado no mar só aumenta o tamanho do desastre. O governo federal demorou 41 dias para acionar o Plano Nacional de Contenção (PNC) do óleo e até agora não há protocolos oficiais que orientem a limpeza nos manguezais e nos rios contaminados.

“Temos cobrado do Ibama que defina esse protocolo. É necessário que se faça um trabalho de mergulhadores e bombas de sucção para fazer a coleta em estuários”, apontou o secretário de Meio Ambiente de Pernambuco, José Bertotti. O secretário comentou ainda que, como o governo federal ainda não conseguiu identificar a fonte causadora do problema, há “uma grande incerteza se o vazamento terminou”.

O biólogo e professor da UPE Clemente Coelho explicou que os protocolos de limpeza são estabelecidos por comitês de planos de ação. O especialista lembrou que, em abril deste ano, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) extinguiu o comitê responsável por articular medidas em casos de desastres com óleo. “Assim, a contaminação nos estuários não foi evitada.”

Mariama Correia
Edição: Agência Pública
Brasil de Fato

Petrolândia: Curso de alongamento de unhas será realizado neste sábado e domingo (9 e 10/11/2019)


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Maiores informações, ligue: 87 9.9650-4094



Redação do Blog de Assis Ramalho
Informação: Lívia

SerraTalhada sedia o 14º Encontro Nordestino de Xaxado



A cidade de Serra Talhada, no Sertão de Pernambuco, a 415 quilômetros do Recife, reúne, a partir da próxima quarta-feira (06/11) mais de 40 de grupos de todo Nordeste e várias outras regiões do país, no 14º Encontro Nordestino de Xaxado. O evento acontece até o próximo domingo (10/11), na Estação do Forró, escolas da rede pública de ensino, Pátio da Feira Livre e Sitio Passagem das Pedras, distrito da zona rural do Sertão do Pajeú. Quem abre a noite é o grupo “Cavalo Marinho Estrela de Ouro de Condado”, que representa uma das mais importantes expressões populares do Nordeste brasileiro, o cavalo marinho. Também vão estar presentes representantes culturais de Sergipe, Alagoas e Paraíba.

O Encontro inclui, além das apresentações do ritmo, outras linguagens, entre elas, oficina de Xaxado, feira de livros e artesanatos, mostra de comedoria sertaneja e cinema. Também terão vários shows com artistas consagrados, como Adiel Luna, Assisão, Mestre Baixinho dos Oito Baixos e Ricco Serafim, Henrique Brandão e Cesar Amaral.

De acordo com a presidente da Fundação de Cultura Cabras de Lampião, Cleonice Maria, este ano, o Encontro Nordestino de Xaxado traz uma atração inédita, o Böhmerlandtanzgruppe – “Grupo de Danças Terra da Boêmia”. O grupo, que conta com mais de 100 integrantes divididos em cinco categorias, fortalece os vínculos comunitários, bem como propaga a cultura alemã através da dança e do teatro. “Também vamos ter a apresentação da Companhia de Danças Populares Txai, uma das maiores atrações turísticas da cidade de Fortaleza, no Ceará, entre outros espetáculos”, garante Cleonice.

Toda programação do 14º Encontro Nordestino de Xaxado está disponível no site da Fundação de Cultura Cabras de Lampião, www.cabrasdelampiao.com.br.

O 14º Encontro Nordestino de Xaxado tem o incentivo cultural do Funcultura; Fundarpe; Secretaria Estadual de Cultura e do Governo de Pernambuco.

Serviço:

14º do Encontro Nordestino de Xaxado

Quando: 6 a 10 de novembro

Locais: Estação do Forró, Escolas da rede pública de ensino e nos Distritos da Zona Rural de Serra Talhada

Acesso gratuito
Programação completa: www.cabrasdelampiao.com.br

Best regards / Mvh,

Por
Valeska Araújo - Assessoria

03 novembro 2019

Petrolândia: Homenagens no dia de Finados leva intenso movimento ao Cemitério Municipal




Como é tradição, no dia 2 de novembro, data dedicada à celebração da memória dos Finados. houve intensa movimentação no Cemitério Municipal São Francisco, em Petrolândia. Desde o início da manhã, familiares se dirigiram ao campo santo para homenagear, com velas, flores e zelo nos jazigos, os saudosos entes queridos. 

Em frente ao cemitério, muitas tendas e barracas colocavam à disposição dos visitantes o essencial para a visita. Velas, flores e coroas de flores estavam na lista de produtos à venda. Carrinhos de picolés, ambulantes com isopores e barraquinhas de lanches também ajudaram o público a enfrentar o sol forte. 

Como também já é tradição, empresas de planos funerários instalaram seus estandes e ofereceram serviços aos visitantes. A Rede SAF, com unidade inaugurada este ano em Petrolândia, ofereceu assentos, água e distribuiu flores, gratuitamente. Aferição da pressão arterial também esteve disponível para os visitantes. 

No interior do cemitério, membros da Pastoral da Esperança, grupo da Paróquia São Francisco de Assis, estiveram presentes para levar conforto espiritual aos visitantes. 

Além da intensidade da visitação e movimento do comércio, que promoveu uma renda extra para os trabalhadores, o que também chamou atenção no Cemitério Municipal foi a grande quantidade e localização das mudas de nim (neem indiano) ali plantadas. Apesar de a árvore ser famosa por destruir calçadas - já danificou várias em Petrolândia, inclusive em frente a escolas municipais -, várias mudas foram colocadas rentes ao muro e, estranhamente, junto de jazigos. Então, que se saiba, o nim, árvore não recomendada para paisagismo, agora é o único fantasma a rondar o Cemitério São Francisco, local que já deveria ter um plano de ampliação e/ou revitalização.

Em rede social, a leitora Daniela comentou matéria postada neste blog na sexta-feira (1º), com referência à ação da Prefeitura de Petrolândia para limpeza do Cemitério Público, providenciada às vésperas do dia de Finados. "Limpa só a frente, lá atrás está cheio de mato", reclamou ela.

Veja mais fotos abaixo.








Redação do Blog de Assis Ramalho
Fotos: Assis Ramalho