O aumento das temperaturas poderá provocar enormes modificações populacionais nos Estados Unidos.
Os alasquianos devem ficar no Alasca. Os moradores do meio-oeste e do noroeste-Pacífico dos Estados Unidos, também. Os cientistas que tentam prever as consequências da mudança climática dizem que veem poucos portos seguros para as tempestades, enchentes e secas que certamente se intensificarão nas próximas décadas. Mas algumas regiões dos EUA se sairão melhor que outras, acrescentam eles.
Esqueçam a maior parte da Califórnia e o sudoeste dos EUA (seca e incêndios). O mesmo vale para uma boa extensão da costa leste e do sudeste (ondas de calor, furacões, aumento do nível do mar). Washington, a capital, por exemplo, também poderá ser uma zona de enchentes até 2100, segundo uma estimativa divulgada na semana passada.
Mas considere Anchorage (Alasca). Ou mesmo, talvez, Detroit (Michigan).
“Se você não gosta de calor e não quer ser atingido por um furacão, as opções de aonde deve ir são muito limitadas”, disse Camilo Mora, um professor de geografia na Universidade do Havaí e principal autor de um trabalho publicado na revista Nature no ano passado, que prevê que as altas temperaturas inéditas serão a norma em todo o mundo até 2047. “O melhor lugar é realmente o Alasca”, acrescentou ele. “O Alasca será a próxima Flórida no final deste século.”