segunda-feira, agosto 30, 2021

As tatuagens ajudaram familiares a reconhecer por fotos o corpo. Mulher e ex-marido desapareceram no dia 22 de agosto após passeio de barco


Família reconhece corpo achado na Marambaia como o de mulher que desapareceu em barco em Angra
 
A família confirmou na manhã desta segunda-feira que o corpo achado na Marambaia, no domingo, é o de Cristiane Nogueira da Silva, de 48 anos. Ela e o ex-marido, Leonardo Machado de Andrade, de 50, estavam desaparecidos desde 22 de agosto após passeio de barco em Angra dos Reis. As tatuagens ajudaram familiares a reconhecer por fotos o corpo de Cristiane. O cadáver será levado para o Instituto Médico-Legal no Centro do Rio. Leonardo segue desaparecido.

— A família reconheceu a Cristiane por fotos. O corpo vai seguir para o Instituto Médico-Legal (IML) onde será feita a identificação. Por enquanto, apenas um corpo foi localizado — declarou o delegado Vilson de Almeida Silva, da 166ª DP (Angra dos Reis), que investiga o caso. — Vamos continuar as buscas pelo Leonardo e aguardar a perícia para definir o rumo das investigações — acrescentou o titular.

Em nota, a Polícia Civil informa que a 166ª DP (Angra dos Reis) apura se o corpo encontrado na Restinga da Marambaia, em Barra de Guaratiba, na manhã deste domingo, é de uma das vítimas desaparecidas. Ainda segundo a Polícia, "informações preliminares indicam que a família reconheceu o corpo por meio de fotos, mas a delegacia aguarda a confirmação da identidade da vítima por meio do laudo do Instituto Médico-Legal do Centro do Rio. Diligências seguem para esclarecer o caso.
Embarcação não foi encontrada

A Polícia Civil suspeita que o barco onde estava o casal desaparecido em Angra dos Reis tenha afundado. A embarcação não foi encontrada nas buscas feitas ao longo da semana. Agentes chegaram a fazer um levantamento da vida dos dois ocupantes do barco para tentar esclarecer o desaparecimento.

Nesta segunda-feira, o Corpo de Bombeiros confirmou que um corpo do sexo feminino foi encontrado numa área pertencente ao Exército e levado para o quartel de Sepetiba, onde a família fez o reconhecimento pelas tatuagens de Cristiane. No domingo, o mar revolto e a intensa chuva que se estenderam ao longo da manhã e da tarde na região impediram que os agentes chegassem até o local, acessível apenas por barco ou helicóptero.

Nelson Massini, professor titular de Medicina-Legal da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), afirmou, ao analisar as fotos do cadáver, que ele apresenta características de lesões provocadas pela fauna marinha.

— É preciso uma análise mais aprofundada para se chegar à causa da morte e o que motivou essas lesões, mas, a princípio, foram feitas dessa maneira (pela fauna marinha) — explicou o perito.

Desde o desaparecimento, o filho de Cristiane, Guilherme Brito, pede orações pela mãe e pelo ex-companheiro dela. Os dois estão desaparecidos desde que saíram em um barco para ver o pôr do sol. Num vídeo publicado nas redes sociais, Guilherme afirmou que tem recebido muitas mensagens de apoio. A viagem do casal, que estava separado, era uma tentativa de reconciliação.

O barco em que o casal estava era uma traineira que já havia pertencido a Leonardo. Ele pegou o barco emprestado para que ele e Cristiane fossem à Lagoa Verde assistir ao pôr do sol. Os dois saíram da Praia da Longa, em Ilha Grande.

EXTRA-RJ

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