quinta-feira, abril 23, 2015

CUT diz que fará greve geral contra ampliação de terceirização

Eduardo Cunha (PMDB), presidente da Câmara, foi chamado de "ditador" por impedir o acesso de sindicalistas para acompanhar a votação. 

A CUT já programa novos protestos e paralisações no país, além de discutir uma greve geral, em reação à aprovação na noite desta quarta-feira do projeto de lei que amplia a terceirização nas empresas.

O projeto segue agora para votação do Senado, onde a central promete fazer pressão para barrar o projeto de lei 4.330.

A terceirização só era permitida até agora nas atividades de apoio de uma empresa - como serviços de limpeza, alimentação e vigilância.

A reportagem é de Claudia Rolli e publicada pelo portal do jornal Folha de S.Paulo, 22-04-2015.

No dia 15 de abril, a central comandou uma série de protestos no país contra o projeto por entender que as empresas substituirão trabalhadores contratados por meio da CLT - com garantia de mais direitos e maior proteção social - por trabalhadores com menos benefícios.

A ampliação da terceirização foi aprovada por 230 deputados favoráveis à emenda, sendo que 203 votaram contra.

"O PT apresentou um proposta que impedia terceirização nas atividades fim (essenciais), mas ela não foi sequer apreciada", informou a central em nota.

Para a CUT, outro ponto aprovado que prejudica o trabalhador é a emenda que reduz de 24 para 12 meses o tempo de quarentena que o ex-funcionário de uma empresa deve cumprir para que possa prestar serviços por meio de uma terceirizada.

"A luta não acaba com a votação na Câmara, o projeto ainda passará no Senado. Nós estaremos na rua e teremos um 1º de Maio de muita luta e mobilização em todo o país", disse Vagner Freitas, presidente da central.

"Vamos ampliar as mobilizações, fazer novos dias de paralisações e, se necessário, uma greve geral para barrar esse ataque nefasto e criminoso aos direitos da classe trabalhadora brasileira", completou.

Barrados

Os trabalhadores ficaram concentrados desde às 14h da quarta em frente do anexo 2 da Câmara dos Deputados, pedindo para acompanhar a votação do projeto. Deputados do PT e sindicalistas da CUT chamaram o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, de "ditador" por impedir o acesso ao local.

Agência Brasil

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