Fundadora da Associação pela Saúde Emocional de Crianças reforça importância da Educação Emocional para promoção de saúde mental de crianças e jovens.
Dados do Mapa da Violência 2017, baseados nos indicadores do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, apontam que a taxa de suicídios entre jovens e adultos de 15 a 29 anos registrou alta de quase 10% em 12 anos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) elenca o ato como a terceira causa de morte entre adolescentes. O Brasil responde pela oitava posição em números absolutos no mundo. Para alertar a população sobre este problema de saúde pública, desde 2014, setembro foi escolhido para ampliar a discussão sobre a importância de prevenir o suicídio, e assim iniciou-se a campanha do "Setembro Amarelo" que, entre várias ações, ilumina em amarelo alguns monumentos significativos de locais públicos, como já se tornou amarela a estátua do Cristo Redentor no Rio de Janeiro em 2015.
Segundo informações da OMS, 90% dos casos de suicídio poderiam ter sido evitados e, para isso, é fundamental a divulgação de informações que desmistifiquem o tema e disponibilizar serviços de ajuda a quem necessita de amparo.
Mas, muito mais eficaz que implementar ações de prevenção, é educar para promover saúde emocional de crianças, desde cedo. De acordo com Tania Paris, fundadora da Associação pela Saúde Emocional de Crianças (ASEC), o cuidado com a saúde emocional infantil é fator de proteção para evitar comportamentos autodestrutivos, inclusive comportamentos suicidas. "Se durante a infância a criança aprender a lidar positivamente com as dificuldades, essa competência as acompanhará pela vida toda, tornando-as mais aptas a enfrentar problemas e evitar crises na adolescência e na idade adulta", esclarece.