07 agosto 2025

Moraes autoriza Jair Bolsonaro a receber visitas de Tarcísio e outros políticos aliados; veja a lista de quem teve a visita autorizada

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), participa de ato em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro na Avenida Paulista, em São Paulo, em 29 de junho de 2025. — Foto: Ganriel Silva/E.Fotografia/Estadão Conteúdo

Por Marcela Cunha, Márcio Falcão, g1 — Brasília

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou nesta quinta-feira (7) que aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) façam visitas a ele, detido em prisão domiciliar desde o início da semana.

Com isso, estão autorizados a visitar o ex-presidente o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP-DF), além de deputados como o líder da oposição na Câmara dos Deputados, Luciano Zucco (PL-RS).

O ministro relator do caso estabeleceu as datas em que as visitas ocorrerão, entre esta quinta-feira (7) e a próxima quinta (14), conforme os pedidos.
Cada encontro será em um dia específico, sem a possibilidade de coincidirem.

Moraes autorizou as visitas, com data pré-estabelecida, entre as 10h e 18h, e lembrou que as determinações legais e judiciais impostas devem ser respeitadas (relembre mais abaixo).

Veja a lista de quem teve a visita autorizada:


* governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP);

* Vice-governadora do Distrito Federal Celina Leão (PP-DF);

* deputado federal Geraldo Junio (PL-MG);

* deputado federal Marcelo Pires Moraes (PL-RS);

* empresário e presidente do PL em Angra dos Reis, Renato De Araújo Corrêa;

* deputado federal Luciano Lorenzini Zucco (PL-RS), líder da oposição na Câmara.

Os aliados do ex-presidente entraram com pedidos formais para visitar o ex-presidente. É o caso do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.

Prisão domiciliar

A prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes nesta segunda-feira (4). Ela ocorreu no âmbito de uma investigação sobre a ação do político do PL e de seus filhos para estimular sanções estrangeiras conta a economia brasileira.

Em julho, Bolsonaro já tinha sido alvo de medidas de restrição de direitos. No entanto, o ministro considerou que ele descumpriu as obrigações impostas. Por isso, além da prisão domiciliar, proibiu visitas sem autorização do STF e apreendeu celulares.


Bolsonaro mostra tornozeleira após encontro com deputados aliados na Câmara — Foto: Adriano Machado

Na decisão, Moraes afirma que Bolsonaro utilizou redes sociais de aliados – incluindo seus três filhos parlamentares – para divulgar mensagens com “claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal e apoio ostensivo à intervenção estrangeira no Poder Judiciário brasileiro”.

A defesa de Bolsonaro, no entanto, entrou com um recurso nesta quarta (6) contra a decisão.

Os advogados pedem que Moraes reconsidere a prisão e, caso isso não ocorra, solicitam que o caso seja submetido com urgência à apreciação do plenário físico do STF.

Por Marcela Cunha, Márcio Falcão, g1 — Brasília

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