quarta-feira, outubro 19, 2016

Alepe: parlamentares voltam a debater insegurança no Interior do Estado

Minuto de silêncio pela morte da enfermeira Maria Gorette Bezerra (Foto: Roberto Soares/Alepe)

A política de segurança pública de Pernambuco voltou a ser criticada em Plenário da Assembleia Legislativa (Alepe), nesta quarta (19). O deputado Eriberto Medeiros (PTC), da base do Governo, foi à tribuna cobrar ações efetivas de enfrentamento aos atos de violência que vêm ocorrendo na PE-97, no trecho entre os municípios de Bezerros e Cumaru, no Agreste. O deputado Edilson Silva (PSOL) reforçou as queixas e criticou “a inércia do governador”. Líder do Governo, o deputado Waldemar Borges (PSB) reconheceu a complexidade do problema e alegou que o Estado “o tem enfrentado de maneira diferenciada e consistente”.

Medeiros relatou que a enfermeira Maria Gorette Bezerra, 56 anos, foi morta a tiros durante um assalto, enquanto transitava pela rodovia no último domingo (16). Em agosto, o parlamentar já havia denunciado a insegurança na PE-97, quando um idoso foi assassinado em situação semelhante na mesma via. “Volto a essa tribuna para fazer um apelo por mais atenção a essa estrada. Faço parte da bancada do Governo com muito prazer, mas tenho a função de trazer os anseios da população”, afirmou.

O deputado Eriberto Medeiros, que pediu um minuto de silêncio pela morte de Maria Gorette, também se queixou da postura de alguns profissionais que atuam na área de segurança pública do Estado. “Quando procuramos as autoridades em busca de soluções, deparamos com alguns técnicos que acham que a política não deve interferir. No entanto, como representantes daquela região, temos percepção do que vem ocorrendo”, alegou.

“Os últimos relatos na tribuna mostram o abandono em que se encontra o Interior do Estado”, comentou Edilson, em discurso no tempo dedicado à Comunicação de Lideranças. O parlamentar criticou o governador Paulo Câmara, por manter Pedro Eurico à frente da Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos, e cobrou mudanças na estratégia. “É preciso que se estabeleça uma força-tarefa para mostrar aos meliantes que existe inteligência policial no Estado. No entanto, o que vemos é um governo inerte que, com isso, incentiva a criminalidade”, condenou.

Em resposta a Eriberto Medeiros, o líder do Governo disse “estar à disposição” para ir com o parlamentar conversar com as autoridades competentes. Waldemar Borges defendeu a política de enfrentamento à violência que vem sendo desenvolvida pelo Estado. “É um trabalho reconhecido internacionalmente, revisto de forma frequente, mas que sofre algumas dificuldades em consequência do agravamento do quadro social do País”, alegou.

Com relação às queixas do psolista, Borges classificou como “postura antiga e elementar fazer oposição sem oferecer sugestões e responsabilizar um secretário por problemas de uma política tão complexa”.

Alepe

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