Fotos: Divulgação
A rua do parque faz ligação entre a Avenida 17 de Agosto, no bairro de Apipucos, com a Avenida Norte, na Macaxeira é o principal retrato da disparidade: grandes casarões à beira de ruas asfaltadas e um clima diferenciado, com alguns graus de temperatura a menos que o Centro. A poucos metros, comunidades com problemas de saneamento básico e riscos de deslizamentos nas encostas.
A entrada do bairro da Macaxeira se dá pela Avenida José Américo, que é organizada no início e se degrada ao longo, quanto mais se entra na comunidade do Buriti. De um lado há alguns prédios residenciais e, do outros, serviços diversos como cabelereiros, frigoríficos, padarias, bares, restaurantes, sorveterias, entre outros.
O comércio ambulante também é parte na vida das pessoas que buscam alternativas para sobreviver à crise econômica. Dona Célia das Dores montou uma carroça de doces e alguns sortidos. “Inventou tudo da cabeça” contou ela em conversa longa com Carlos Augusto, que a orientou a procurar o Sebrae/PE e se formalizar para obter crédito.
Ela contou que foi à Prefeitura do Recife tentar empréstimo e que foi “mal atendida”. “Não é por não saber ler e escrever que as pessoas podem me tratar mal”, reclamou a comerciante. Dona Célia também reclamou da Upinha do bairro. “Nunca tem médico”. “Esta é uma reclamação constante em nossas caminhadas pelo Recife”, atestou Carlos Augusto.
O grupo verde subiu ao que se chama “Alto do Buriti”, localidade que dá acesso ao bairro da Guabiraba. Lá, o problema de deslizamento de encostas é visível. Há casas em situação de risco e a Coordenadoria de Defesa Civil Municipal (Codecipe) precisa urgente visitar esses lugares.
O local é aprazível com vista única do Recife com seus prédios ao longe e a ocupação urbana desorganizada das invasões nos morros. “Problemas históricos que ninguém ousa enfrentar”, lamentou o líder Carlos Augusto. A próxima caminhada acontece no sábado, 19 de março.
Parque é usufruído por população - Localizado à beira da extensa Avenida Norte Miguel Arraes de Alencar se encontra o Parque da Macaxeira, equipamento que possui campo gramado, onde crianças e adolescentes participam de escolinha de futebol. Há um posto da Guarda Municipal em funcionamento e outro da Polícia Militar, fechado. Apesar da grande extensão, o parque dispõe de poucas árvores e brinquedos infantis, mas é frequentado nos fins de semana pelos moradores do entorno.
Ao lado do equipamento, antigos galpões abandonados da Fábrica de Tecidos de Apipucos poderiam abrigar diversos tipos de empreendimentos, mas por enquanto encontram-se abandonados, à espera de algum destino. “Cabe ao poder público buscar parceiros na iniciativa privada e promover a revitalização de patrimônios históricos com serviços de interesse da sociedade”, avalia o presidente estadual do Partido Verde de Pernambuco, Carlos Augusto.
Assessoria do PVPE
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