Por Frederic Abbal*
O mundo está ficando sem recursos críticos. Até 2050, a demanda por elementos importantes, como biomassa e energia fóssil, deverá ultrapassar a produção em 40 bilhões de toneladas, deixando as empresas e os consumidores sob risco de déficit. Mudando do tradicional modelo econômico “pegue, faça, consuma e jogue fora” para uma economia circular sem desperdício, que se concentra em tomar decisões mais inteligentes sobre o uso de recursos, usá-los em sua capacidade máxima e reduzir o desperdício combate essa crise global. Para sistemas de distribuição de energia elétrica, o modelo de economia circular significa projetar produtos de longa duração que podem ser adaptados, reformados, reparados, reutilizados e atualizados - minimizando o desperdício e aumentando a resiliência dos bens naturais.
A mudança para uma economia circular global pode ter um grande impacto no combate às mudanças climáticas, pois 67% das emissões globais de gases de efeito estufa estão relacionadas ao gerenciamento de materiais. De fato, um novo relatório descobriu que uma economia circular poderia reduzir o uso de recursos naturais em todo o mundo em 28% e as emissões de gases do efeito estufa em 72%, enquanto apoia o crescimento econômico e as metas ambientais internacionais, como as estabelecidas no Acordo de Paris.