terça-feira, maio 16, 2017

Assembleia Legislativa apresentará posicionamento de trabalhadores/as rurais à bancada federal de Pernambuco

Foto: Jarbas Araújo/Alepe

A Diretoria da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado de Pernambuco (Fetape), a Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras Assalariados Rurais de Pernambuco (Fetaepe), representações dos seus Sindicatos filiados, a CUT/PE, vereadores ligados ao Movimento Sindical Rural e o ex-prefeito de Águas Belas, Genivaldo Menezes, participaram, na manhã de ontem (15), de uma reunião com a Comissão Especial da Reforma da Previdência da Assembleia Legislativa. O objetivo foi entregar um abaixo-assinado com mais de 80 mil assinaturas e 60 moções de Câmaras Municipais contra as propostas apresentadas pelo Governo Federal, por meio da PEC nº 287 (Reforma da Previdência). Essa documentação é fruto das 120 audiências públicas realizadas, desde o mês de fevereiro, em municípios do Estado.

“Esta comissão precisa se colocar contra a reforma da Previdência e encaminhar aos deputados federais o resultado do trabalho que vem sendo feito pela Fetape e esse conjunto de organizações. Vamos também procurar cada parlamentar para que eles votem contra essa proposta absurda do Governo Federal, que só vem a castigar a nossa gente”, pontuou o presidente da Fetape. Doriel Barros. Ele também apresentou números que comprovam os prejuízo que as medidas do Governo vão causar aos municípios, especialmente do interior. A maioria deles depende dos recursos dos aposentados e aposentadas rurais.

Diante das informações recebidas, o presidente do colegiado, deputado Silvio Costa Filho (PRB), afirmou que o posicionamento dos agricultores será transmitido à bancada federal de Pernambuco e incorporado ao relatório final da comissão especial. “Nós encaminharemos essa posição da Fetape, o quanto antes, a todos os 25 deputados federais e aos três senadores da República por Pernambuco”, salientou.

Segundo o parlamentar, o relatório final do colegiado deve ser concluído até 25 de maio e será entregue aos presidentes da Câmara e do Senado Federal, além de outras autoridades.

O NÂO à reforma da Previdência ecoou

Durante a reunião, vários posicionamentos trouxeram à tona questões que vêm afligindo o homem e a mulher do campo. O diretor da Fetaepe, Gilvan José Antunis, pontuou, por exemplo, a necessidade de que seja olhada também a situação dos assalariados e assalariadas rurais. Para ele, será impossível para a categoria assegurar a aposentadoria, nas condições apresentadas pelo Governo Federal.

O vice-presidente da Fetape, Paulo Roberto, reforçou a importância do trabalho realizado pelos Sindicatos em suas bases e na mobilização das Câmaras de Vereadores, enfatizando que houve também o envolvimento de um conjunto de organizações, não só do campo, mas das áreas urbanas. Ele falou que “os trabalhadores e trabalhadoras já avisaram que não votarão em quem votar à favor da Reforma”.

A diretora de Política para as Mulheres da Fetape, Jenusi Marques, destacou que “os rurais, em especial as mulheres e jovens, não terão condições de pagar a contribuição individual que está sendo proposta pelo governo”. Ela ponderou que, atualmente, essa contribuição é por grupo familiar.

Já o presidente da CUT/PE, Carlos Veras, lembrou: “Há uma mobilização acontecendo em nível nacional contra a PEC 287, a exemplo da Greve Geral do dia 28 de abril. Até a mídia golpista teve que aceitar que o Brasil parou”. Nesse sentido, ele reforçou a importância de o estado assumir urgentemente uma posição contrária a esse desmando do Governo Federal.

Tanto o senador Humberto Costa (PT), quantos os deputados Odacy Amorim (PT), Teresa Leitão (PT) e Lucas Ramos (PSB) elogiaram o trabalho de mobilização da sociedade, que vem sendo desenvolvido pela Fetape, Fetaepe, seus Sindicatos e a CUT/PE, assegurando que seja realizado um amplo debate sobre o tema. Eles também reafirmaram o compromisso de lutar contra a aprovação da PEC 287.

"Não podemos parar de ir às ruas, não podemos descansar um dia sequer. Vamos ocupar, sim, Brasília no próximo dia 24 de maio. Os movimentos sociais devem mostrar para o Brasil que os trabalhadores não aceitam uma reforma que prejudica o povo e que foi proposta por um governo ilegítimo", afirmou Humberto Costa.

Ascom FETAPE

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