terça-feira, junho 28, 2016

Alepe promove 13º Mutirão pela Vida

Atendimento foi realizado no pátio do Museu Palácio Joaquim Nabuco (Foto: João Bita/Alepe)

“Se não houver a força de um tratamento, ficar em casa não resolve nada.” Esse foi o depoimento do jovem Diego Carvalho sobre o atendimento que recebe na comunidade terapêutica SaraVida há três meses. O grupo atua na reabilitação de pessoas com dependência química e é um dos participantes do Mutirão pela Vida, realizado em parceria com a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) há 13 anos. Nesta segunda (27), o mutirão reuniu diversas comunidades terapêuticas, pessoas em tratamento e usuários, no pátio do Museu Palácio Joaquim Nabuco, para atendimento de triagem e apoio psicológico.

“Como fazemos todos os anos, viemos para a Assembleia porque aqui ficamos mais próximos dos cidadãos. Além do atendimento no Recife, realizamos acolhimento intensivo nos municípios de Paulista e Jaboatão dos Guararapes (ambos na RMR), Vitória de Santo Antão (Mata Sul) e Surubim (Agreste)”, destacou a assistente social Ana Paula Marques, coordenadora da SaraVida. O mutirão se estende até amanhã, quando será realizado na Câmara Municipal do Recife.

Também assistido por comunidade terapêutica, Carlos Gomes ressalta a importância desse trabalho: “Estando na rua, qualquer aperreio é motivo para cair nas drogas outra vez”. Incentivador da iniciativa, o deputado Pastor Cleiton Collins (PP) destacou que o evento ocorre na mesma semana em que é celebrado internacionalmente o Dia de Combate às Drogas. “É uma forma de dialogar com as pessoas que estão em busca de tratamento e não sabem onde encontrar. Essa parceria é de fundamental importância, afinal Pernambuco é o Estado com maior consumo de crack”, pontuou.

Plenário - O Mutirão pela Vida foi destacado durante a Reunião Plenária. No Pequeno Expediente, o deputado Dr. Valdi (PP) expressou que, “para que a dependência química não seja um caminho sem volta, é necessário ter fé em Deus”. No Grande Expediente, Pastor Cleiton Collins sublinhou que esta é a 13ª edição realizada na Casa. “Saúdo as comunidades terapêuticas que vieram participar. As Nações Unidas apontam que 200 mil pessoas morrem por ano por overdose, sem falar nos acidentes de trânsito relacionados e na destruição das famílias. Ainda tenho esperança de que não perdemos essa guerra”, discursou.

Em apartes, o primeiro vice-presidente da Alepe, Augusto César (PTB), avaliou que a iniciativa vai ao encontro de quem deseja “uma sociedade mais sadia e inteligente”. Joel da Harpa (PTN) reforçou os malefícios causados pelas drogas para o organismo e associou o tráfico à violência. Bispo Ossesio Silva (PRB) completou, dizendo que “todo tipo de droga é nocivo para a saúde e a família”.

Já Adalto Santos (PSB) se posicionou contra a legalização da maconha, e Romário Dias (PSD) enfatizou que o uso abusivo de álcool e outras drogas leva à perda do sentimento de família.

Edilson Silva (PSOL) argumentou, por sua vez, que a criminalização de determinadas drogas, como a maconha, fortalece o narcotráfico e é parte do processo de marginalização e extermínio da juventude pobre. Zé Maurício (PP) parabenizou a Casa pela realização do mutirão, destacando a dificuldade enfrentada pelos usuários para abandonar o vício.

Alepe

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