quinta-feira, abril 07, 2016

PSB não apoia impeachment nem governo de Dilma, afirma senadora Lídice da Mata

A senadora baiana classifica a atitude do PMDB de se afastar do governo de um “golpe político”, mas não endossa o discurso de “golpe” e “ruptura institucional” do PT (Foto: Gil Castro)

A Senadora Lídice da Mata é coerente. Filiada a um partido que sempre se compôs e caminhou com o PT; que na Bahia é parte integrante da aliança que elegeu e reelegeu Jaques Wagner e fez de Ruy Costa o sucessor, não é a favor do impeachment da Presidente Dilma, apesar dela (Lídice) e de seu partido, o PSB, não apoiar o governo.

Ela diz que vê a situação do Brasil “como todo cidadão está vendo”: “O País está em crise. Está em crise econômica, há crise política, que só faz aumentar a gravidade da crise econômica. O ideal é que nós possamos resolver, em um tempo mínimo possível, o tamanho da crise econômica. Mas, eu não posso mentir, não é fácil fazer essa resolução”.

Para ela, muita gente diz que esta é a maior crise econômica de todos os tempos. Ela discorda: “A economia brasileira já passou por crises muito graves antes. Diversos países do mundo passam por dificuldades. Agora, para sair da crise econômica, a gente precisa unidade. Para que os segmentos produtivos e os segmentos dos trabalhadores possam acordar quais são as principais medidas para caminharmos para esse tipo de unificação de melhoria da economia nacional”.

A crise política, que desanda nos pedidos de impeachment da Presidente Dilma, merece do PSB e de Lídice uma análise sensata, que não é igual a do PT e nem chega perto das pretensões da oposição. Desclassifica logo as afirmações da oposição de que o impeachment resolve a crise política e servirá de base para a retomada da economia nacional: “Não é verdade! A Presidente será afastada por 180 dias” (assim que o pedido de impeachment for aprovado na Câmara). “Ela permanecerá por 180 dias afastada e lutando por seu mandato, dentro do Congresso e fora dele. O Presidente que assumir, assumirá interinamente, portanto, na minha opinião, em uma condição de fragilidade política. ”

“Qualquer Presidente tendo uma data marcada de 180 dias já é uma fragilidade porque a outra presidente estará lá nas ruas com sua mobilização. É uma situação muito nova, diferente da que já foi enfrentada pelo Brasil. É preciso muita calma, muito cuidado”

Explica que no caso de Collor foi diferente: “Assim que a Câmara aprovou o prosseguimento do processo de impeachment, ele renunciou. Entrou Itamar Franco, presidente de fato e de direito. Collor não tinha nenhuma base social, diferente de Dilma”.

Classifica a atitude do PMDB de se afastar do governo de um “golpe político”, mas não endossa o discurso de “golpe” e “ruptura institucional” do PT, criticando os desacertos do governo da Presidente Dilma.

Preocupada com o que denomina de “clima de euforia nesta luta política” reinante na Câmara e no Senado, ele reitera a necessidade de muita calma. Para ela, o que o povo brasileiro quer é “baixar a fervura”.

Sobre Juazeiro

Lídice explica o afastamento do PSB em Juazeiro da administração do PC do B. Para ela “os companheiros de Juazeiro tinham a expectativa de que pudéssemos ter um acordo para ter um nome do partido que pudesse ser analisado pelo prefeito para se apresentar dando uma continuidade ao projeto político administrativo. O prefeito não se abriu para essa hipótese. O partido analisou e então que era melhor sair do governo e começar a montar um novo projeto político, sem inimizades, mas com diferenças”.

Sobre Casa Nova

Em Casa Nova, o PSB, sob o comando do empresário Wilker Torres, deu uma oxigenada na política.

De um lado os Viana e do outro todos os que não votam com eles. Desde sempre foi assim, mesmo depois que a tradicional família Viana perdeu grande parte do poderio. Nos últimos tempos os Viana pendiam para quem reunia condições de vitória: Estiveram com Dagmar, depois com Wilson Cota, tornando-se fiel da balança em quatro eleições seguidas. Sempre mais do mesmo, ora de um lado, ora de outro, com os mesmos protagonistas.

O PSB deu um susto nas eleições parlamentares e de governador. Bebeto Galvão, um candidato oriundo de Ilhéus, sul da Bahia, recebeu 2.964 votos em Casa Nova. Em 48.956 eleitores, divididos entre candidatos preferenciais de antigos prefeitos, lideranças, partidos, do prefeito atual e de vereadores, Galvão levou quase 10 por cento dos votos e partilhando um discurso de Mudança para a política do município.

Lídice é a primeira senadora, no exercício do mandato, fora de campanha eleitoral de interesse estadual e nacional, que vem a Casa Nova. E vem para filiar lideranças. O PSB da cidade mostra força novamente e, susto de novo, desta vez para interferir nas eleições locais: “Estamos juntando estas lideranças todas com a ideia de fazer uma renovação política na cidade!”, afirma Lídice.

Assessoria do PSB Casa Nova-BA

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