segunda-feira, outubro 19, 2015

Sudene quer financiar projetos de médio e pequeno porte

Foto: Sudene/Divulgação

O Superintendente da Sudene, João Paulo Lima e Silva, recebeu, na manhã da última quinta-feira (15), o chefe do Departamento Nordeste do BNDES, Paulo Guimarães. A reunião teve como objetivo encontrar formas de financiar projetos nas áreas mais pobres da região, especialmente no semiárido nordestino, uma preocupação de João Paulo desde que assumiu a autarquia.

Hoje, os projetos financiados pela Sudene, através do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), precisam ter um investimento mínimo de R$ 50 milhões, valor nem sempre condizente com a realidade de empresas de médio e pequeno porte. “Sabemos que é extremamente importante apoiar as grandes empresas e os projetos estruturadores. Eles têm um efeito multiplicador enorme, geram emprego e renda, movimentam a economia, atraem outros investimentos. Porém, um projeto, mesmo que de menor porte em uma área estratégica, pode ter um impacto positivo enorme nesse lugar e melhorar na qualidade de vida do seu povo”, afirmou João Paulo, exemplificando o projeto da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) de implantação de cisternas nas casas e escolas de comunidades que vivem sem o amplo acesso à agua. “É um projeto importante, que muda a vida de muita gente. Mexe com a saúde, com a alimentação, sobrevivência, mas que, por enquanto, não se enquadra nos investimentos realizados pelo FDNE”.

O superintendente ressalta que o objetivo é encontrar um equilíbrio. “A meu ver, a Sudene pode, e deve, continuar financiando grandes obras, como o polo automotivo Jeep/Fiat que recebeu R$ 1,9 bilhão do FDNE, e, ao mesmo tempo, contribuir para fomentar projetos estratégicos de interesse social. Uma coisa não inviabiliza a outra”. E o Banco Nacional do Desenvolvimento pode ser um grande parceiro nesse novo caminho. “ O BNDES tem exercido um papel fundamental na atração de projetos para o Nordeste. Além de que Paulo Guimarães é um grande conhecedor da região, sensível à causa e pode apontar formas e soluções”. Uma agenda foi montada com novos encontros e a participação outros possíveis parceiros, incluindo os movimentos sociais, para pensar, articular e construir esse novo modelo de ação da Sudene.

Fonte: Ascom Sudene

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