sexta-feira, maio 03, 2013

Emissão de carteiras de identidades pelo Instituto Tavares Buril, no Recife, é prejudicada por estragos da chuva

Infiltração em arquivo do IITB prejudica consulta
e emissão de carteiras de identidade
A chuva forte do início da semana que alagou ruas e derrubou árvores provocou transtornos no Instituto de Identificação Tavares Buril (IITB), na Rua da Aurora, área central do Recife. A estrutura do prédio não suportou o volume de água e infiltrações atingiram os arquivos do órgão responsável pelo armazenamento e expedição central de carteiras de identidade no Estado. Resultado: 50 milhões de documentos ficaram inacessíveis. Por isso, quem precisar consultá-los terá de esperar por tempo indeterminado, uma vez que não há prazo para regularização dos serviços. Na sala onde ficam as estantes, há lonas cobrindo documentos (alguns de 1909) e paredes rachadas.

O problema atingiu o trabalho de papiloscopistas e a população. Uma das etapas da emissão do registro-geral é a verificação de nomes homônimos ou possíveis irregularidades, o que não pode ser feito em virtude das goteiras. O IITB é responsável pela expedição de 37 mil cédulas de identidade e nove milhões de prontuários de registro civil por ano.

Para denunciar o grave problema e buscar soluções emergenciais, papiloscopistas se reuniram, na quinta-feira (03), em protesto contra as condições de trabalho. “A situação, já péssima, se agravou com a chuva. Ainda há fezes de pombo e água no nosso arquivo”, disse o presidente do Sindicato dos Policiais Civis, Cláudio Marinho. Uma reunião entre representantes dos policiais e da Secretaria de Defesa Social (SDS) aconteceu terça-feira, mas a solução apresentada não foi aceita pela categoria.

O gerente do IITB, Jandir Carneiro Leão, garantiu que em 15 dias uma reforma será iniciada. O serviço está orçado em R$ 1,7 milhão. Telhado, parte elétrica e piso serão trocados. Apesar da promessa, os profissionais cobram mais ações e com mais urgência.

O governo informou à categoria que não há possibilidade de os funcionários saírem do prédio durante os seis meses da reforma. Áreas seriam isoladas e servidores, levados a outras salas. Para eles, essa solução é inaceitável. "Esta semana, caiu uma gota na minha cabeça com fezes de pombo. Poderia ter contraído alguma doença", afirmou um policial que preferiu não ser identificado.

Fonte: Jornal do Commercio
Foto: Divulgação

Nenhum comentário:

Postar um comentário