Proclamação da República, quadro de Benedito Calixto (1893)
O feriado de 15 de novembro não é valorizado como devia. Todos gostam de um feriadinho, mesmo que caia numa quarta-feira como nesse ano. O problema é que grande parte dos nossos escolares, de todos os níveis, desconhecem sua importância no contexto histórico.
Na época da proclamação da República – 1889, o Brasil era o único país independente do continente americano, ainda governado por um monarca, uma vez que em 7 de setembro de 1822, D. Pedro I proclamara nossa independência. Éramos independentes de Portugal, mas todas as decisões eram tomadas de forma pessoal e unilateral pelo imperador D. Pedro II.
No final da década de 1880, D. Pedro II estava sendo duramente criticado pelos oficiais do exército que, além de observarem a corrupção existente na corte, também estavam insatisfeitos com o Imperador pelo fato de que eles eram proibidos de se manifestarem pela imprensa. A interferência do Imperador nos assuntos religiosos desagradava a Igreja Católica; a classe média, entenda-se funcionários públicos, jornalistas, profissionais liberais, comerciantes, estudantes, artistas, todos identificavam-se muito mais com os ideais republicanos e apoiavam o fim do Império. Também os cafeicultores da região oeste de São Paulo queriam maior poder político, pois o poder econômico eles já tinham.