quarta-feira, novembro 21, 2018

Mais Médicos, Transposição e Transnordestina devem ser pauta de reunião desta quarta (21) entre Bolsonaro e governadores do Nordeste



O presidente eleito Jair Bolsonaro vai se reunir com os governadores eleitos do Nordeste, nesta quarta-feira, 21, em Brasília. O objetivo é tentar se aproximar mais das causas da região, que será governada majoritariamente pela oposição a partir do ano que vem.

O Partido dos Trabalhadores venceu nas urnas em quatro estados: no Rio Grande do Norte, com Fátima Bezerra, no Ceará, com Camilo Santana, no Piauí, com Wellington Dias, e na Bahia, com Rui Costa. O partido também participou das coligações vencedoras dos demais cinco estados: em Sergipe, com Belivaldo Chagas (PSD), em Alagoas, com Renan Filho (MDB), no Maranhão, com Flávio Dino (PCdoB), na Paraíba, com João Azevêdo (PSB), e em Pernambuco com Paulo Câmara (PSB). Em reunião na semana passada, organizada por João Doria (PSDB), apenas Dias compareceu, já que os demais alegaram problemas de agenda.

Bolsonaro pretende transformar o Nordeste em uma vitrine de seu governo, segundo reportagem de O Globo, retomando obras paralisadas, como a transposição do rio São Francisco e a construção da Transnordestina. “Tenho dito que o Nordeste é o centro das atenções para mudar o Brasil”, afirmou o general Augusto Heleno, futuro ministro do Gabinete de Segurança Institucional, ao jornal. “O primeiro grande plano é resolver o problema da água.”


Outro tema que deve permear as conversas de Bolsonaro com os governadores é a saída dos médicos cubanos do Brasil que participam do programa Mais Médicos. Cidades nordestinas serão bastante afetadas, o que tem gerado apreensão nas prefeituras, em especial, da região do semiárido. Cerca de 1,6 milhão de pernambucanos, em especial do sertão, terão seus tratamentos prejudicados pela decisão de Cuba de romper com o acordo, segundo José Patriota, presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), em entrevista ao G1.
Aos petistas e aliados do PT, Bolsonaro terá que mostrar, portanto, que dará seguimento, de alguma forma, às pautas que fizeram o partido manter o Nordeste como enclave de resistência em 2018. Após se eleger com base nas críticas às políticas de Lula e companhia, será um movimento curioso de se observar.

Por: Revista Exame/G1

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