quarta-feira, abril 04, 2018

Sagui que sofreu choque elétrico é o mais novo hóspede do Cetas Tangara, no Recife

Vítima de queimaduras graves nesta terça (3), mico foi resgatado por um biólogo, recebeu tratamento na UFRPE e encontra-se em recuperação no Centro de Triagem da CPRH (Foto: Nathália Lígia - Cetas/CPRH)

Um sagui-de-tufo-branco (Callithrix jacchus) que sofreu um choque em um poste de alta tensão na manhã desta terça-feira (3), em área próxima à Arena de Pernambuco, em São Lourenço da Mata, teve um apoio fundamental para que conseguisse receber atendimento médico e os cuidados necessários. Deixando afazeres e compromissos profissionais de lado, o biólogo Sérgio Correia passou mais de seis horas com o macaco – parte do tempo transportando-o em sua moto – para conseguir salvá-lo. O sagui, que teve exposição óssea na mão direita, foi entregue à tarde ao Centro de Triagem de Animais Silvestres de Pernambuco (Cetas Tangara), da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), onde se encontra em recuperação.

O choque ocorreu por volta das 8h30. Atuando em um projeto de reflorestamento em área de mata por trás da Arena Pernambuco, o biólogo contou que, junto com colegas de trabalho, ouviu um barulho provocado por animais de médio porte, que não chegou a identificar quais, o que assustou um grupo de uns seis saguis. Todos se afastaram pela mata, mas, um deles subiu num poste de alta tensão e terminou levando o choque e caindo no chão, com queimaduras graves. “Suas mãos foram dilaceradas”, disse. Começou, então, a ação de Sérgio para salvar o animal silvestre.

De imediato, o rapaz enrolou o sagui em um pano e o colocou numa caixa apropriada, partindo na sua moto para o Horto de Dois Irmãos. Como no Horto, entretanto, não se faz mais esse tipo de atendimento, seguiu então para o Hospital Veterinário da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), de onde só saiu após o animal receber os cuidados necessários. Sérgio Correia revelou que chegou a se irritar no hospital veterinário, com informações de que não poderia ocorrer o atendimento, uma vez que a prioridade seria para animais domésticos. Mas, no final, o sagui terminou recebendo os cuidados necessários na própria unidade.

“Tomei a iniciativa como ser humano, como biólogo e como cidadão. O sagui precisava ser atendido com urgência. Mas, agora, estou mais tranquilo, sabendo que ele está em melhores condições”, disse, após fazer a entrega do primata ao Cetas Tangara, no bairro da Guabiraba, no Recife. Só depois da entrega, já por volta das 14h30, voltou aos afazeres cotidianos.

Núcleo de Comunicação Social e Educação Ambiental - NCSEA
Agência Estadual de Meio Ambiente - CPRH

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