segunda-feira, outubro 09, 2017

Credores da empresa Mendes Júnior cobram dívidas de serviços prestados na Transposição do Rio S. Francisco

Manifestantes se reuniram nesta segunda-feora (9) (Foto: Ivo Ferraz / TV Grande Rio)

Credores da Empresa Mendes Júnior, contratados para trabalhar nas obras da Transposição do Rio São Francisco, fizeram uma nova manifestação nesta segunda-feira (9), na cidade de Salgueiro, no Sertão de Pernambuco. Os empresários se reuniram em um ponto da BR-232 e seguiram em carreata pelas ruas da cidade até chegar na sede do Ministério da Integração.

O grupo reclama que a Mendes Junior abandonou os serviços na transposição e não pagou as empresas. De acordo com os credores, a dívida chega a R$ 24 milhões, valor que deveria ter sido pago desde 2016, quando as obras foram paralisadas.

“Temos lavanderia, pequenas pousadas, restaurantes pequenos, empresas de locação de equipamento, de execução de obras, tem empresa de todo tamanho. Tem gente que está quebrado com R$ 15 mil e tem gente que está quebrado com R$ 1 milhão, R$ 2 milhões. É um grupo bem heterogêneo nas atividades e bem uniforme na defesa dos direitos”, destaca Kleber Barros, um dos integrantes do movimento.


Na sexta-feira (6), para cobrar providências do Ministério da Integração, os credores fecharam a comporta da Barragem de Tucutu, no município de Cabrobó, também no Sertão de Pernambuco. A estação de energia foi pichada com frases contra o Ministério da Integração e o presidente Michel Temer. “Se abrir (a barragem), a gente fecha. A única saída para a gente é resolver. E o que a gente mais quer é resolver de forma honrosa, decente, honestas, mas não podemos abrir mão dos direitos que nos confere. Vamos até o fim”, garante Kleber.

Em nota, o Ministério da Integração informou que " Os débitos da Mendes Jr. com os comerciantes da região referem-se a uma relação contratual entre empresas privadas. Pela legislação em vigor, o Ministério da Integração Nacional está impedido de saldar dívidas da construtora com seus fornecedores. Os pagamentos aos fornecedores e comerciantes da região devem, assim, ser quitados pela empresa Mendes Jr., que foi a responsável pela contratação dos serviços e aquisição dos materiais. Ainda assim, sempre na tentativa de buscar uma solução para a questão e mediar um acordo entre as partes, a equipe do Ministério da Integração manteve reuniões tanto com a construtora como com os credores. Mas, até o momento, nenhum acordo foi fechado."

Segundo o Ministério, a comporta de Tucutu segue fechada por questão de segurança. “Devido aos danos nas mangueiras, foi verificado vazamento de óleo no Reservatório de Tucutu. Para garantir a segurança das pessoas e da estrutura, as equipes técnicas do Ministério optaram por fechar a comporta responsável pela passagem da água do Rio São Francisco para os canais subsequentes.”

Por G1 Petrolina

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