sábado, outubro 24, 2015

Vice-prefeita pretende ir à justiça para pedir a prisão do prefeito

Vice-prefeita fez duras críticas ao governo de Vado da Farmácia (Foto: Reprodução / Facebook)

A crise política no município do Cabo do Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife, tem novos capítulos. A vice-prefeita Edna Gomes da Silva (sem partido) fez fortes acusações ao prefeito Vado da Farmácia, o acusando de empregar funcionários fantasmas. Ela afirmou ainda que pretende ir à justiça para pedir a prisão do gestor por desobedecer uma determinação judicial de fazer a nomeação imediata dos cargos do gabinete da vice. Segundo ela, a relação entre os dois está rompida desde o ano passado.

A vice-prefeita afirmou que a decisão de ir à Justiça veio após o prefeito demitir todos os profissionais comissionados que trabalhavam no seu gabinete. "Ele (Vado da Farmácia) exonerou todos os cargos do meu gabinete e veio com a justificativa de que era a crise financeira. Mas foi uma provocação", acusou.

Entre outras coisas, ela afirmou ainda que o prefeito possui imóveis não declarados e ironiza com a situação. "Ele tem uma mansão em Enseada dos Corais, uma em Gravatá e um apartamento na beira-mar de Boa Viagem. No entanto, declarou que não tinha nada no nome dele. No Maranhão tem a prefeita ostentação; aqui, ele é o nosso prefeito ostentação", referindo ao caso da prefeita da cidade de Bom Jardim, no Maranhão, acusada de desvio de dinheiro da educação da cidade.


Edna Gomes disse ainda que, apesar de temer pela integridade física, tem um compromisso na cidade. "Tenho feito denúncias uma vez por semana, no mínimo. Porque o que existe na prefeitura é uma gangue, uma quadrilha", ataca.

A assessoria de comunicação do prefeito Vado da Farmácia informou que não iria se pronunciar, por enquanto, a respeito das acusações contra ele.

O CASO

O Cabo de Santo Agostinho vive uma situação política instável, após o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) afirmar que irá investigar a contratação de uma babá de um dos filhos do prefeito para um cargo público. Ela foi exonerada do emprego pouco tempo depois e a prefeitura municipal negou que ela fosse uma babá.


Por Edson Mota
NE10

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