quinta-feira, setembro 17, 2015

Ginásio Pernambucano suspende aulas por falta de merenda escolar, denuncia Oposição

Afonso Reis Filho, gestor do Ginásio Pernambucano, em reunião com o deputado Sílvio Costa Filho (Foto: Assessoria/Divulgação)

O Ginásio Pernambucano, primeira escola em tempo integral do Estado, suspendeu as aulas do turno da tarde a partir desta semana por falta de alimentação para os alunos. De acordo com o diretor da unidade, o professor Afonso Reis Filho, a empresa Comida Pronta, responsável pelo fornecimento das refeições, informou que não mais entregaria os almoços à escola. A empresa, com sede em Petrolina, responde pelas refeições de mais duas escolas, e, segundo informações do Sintepe, o desabastecimento é percebido também em outras unidades.

A denúncia foi encaminhada à Bancada de Oposição de Pernambuco, liderada pelo deputado Silvio Costa Filho (PTB), que visitou a unidade no fim da manhã desta quinta-feira, para confirmar a informação. O parlamentar ouviu do gestor do Ginásio Pernambucano que não há previsão para a retomada do fornecimento do almoço e que as aulas da tarde ficarão suspensas até que a situação seja normalizada. “Vamos cobrar da Secretaria de Educação uma solução para o problema, para que os alunos não sejam prejudicados”, garantiu Costa Filho.

Na visita, o deputado ouviu o depoimento de alguns alunos do colégio, que se mostravam indignados com a situação. A estudante Y.S., aluna do 2º ano, revela que além de ter duas aulas a menos por dia, teve também a duração da aula reduzida de 50 minutos para 30 minutos. “As aulas agora estão acontecendo só pela manhã, mas antes só terminavam no fim da tarde”, conta. Aluna da mesma turma, V.L. afirmou que além da suspensão do almoço, os lanches se resumem a bolacha com suco. Para o estudante M.L, na prática o tempo de aula caiu pela metade. “Para não perder tanto temos que estudar por conta própria. Esperamos que o problema seja resolvido logo”, disse.

Segundo Silvio Costa Filho, a empresa não se pronunciou sobre a quebra do contrato, mas ao que tudo indica a motivação foi a falta de pagamentos, como tem acontecido com outros fornecedores. “Áreas essenciais para a população, como educação, saúde e segurança, precisam ser preservadas, mas o Governo vem implantando cortes indiscriminados no orçamento”, avaliou. O parlamentar informou que a Bancada de Oposição vai encaminhar um ofício ao Governo do Estado cobrado o restabelecimento do serviço e das aulas em tempo integral.

Assessoria de Imprensa Bancada de Oposição da Alepe

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