/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/m/2/vTjWMeSZ2GsABbX85XYg/maria-eduarda-medeiros-e-cadela-belinha.jpg)
Maria Eduarda Medeiros e Belinha, advogada e cadela de estimação que desapareceram no mar após acidente de barco na praia de Suape, no Grande Recife — Foto: Acervo pessoal
Por Júlia Montenegro, Artur Ferraz, TV Globo e g1 PE
A Justiça negou permissão à família para cremar o corpo da advogada Maria Eduarda Carvalho de Medeiros, de 38 anos, que morreu num acidente de barco no sábado (21), na praia de Suape, no Grande Recife.
Além dela, estavam a bordo o noivo da vítima, o médico Serafico Pereira Cabral Junior, de 55 anos, e a cadela de estimação Belinha. Ele foi resgatado com vida enquanto o animal sumiu no mar. O caso é investigado pela Polícia Civil.
A decisão foi publicada na terça-feira (24), depois que o corpo da advogada foi encontrado a alguns quilômetros do local do naufrágio, na praia de Calhetas, no Cabo de Santo Agostinho. O velório foi realizado no mesmo dia, no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, também na Região Metropolitana.
Na quarta-feira (25), um dia depois da cerimônia, policiais cumpriram um mandado de busca e apreensão na casa do médico e noivo de Maria Eduarda, que pilotava a embarcação.
O pedido de fazer a cremação foi feito pela família da vítima, com base na declaração de óbito emitida pelo Instituto de Medicina Legal (IML), que atestou a causa da morte como "asfixia mecânica por afogamento".
Porém, na decisão, à qual o g1 teve acesso, a juíza Danielle Christine Silva Melo Burichel, que fazia o plantão judiciário da comarca do Cabo de Santo Agostinho, afirmou que o documento não substitui o laudo pericial tanatoscópico, que traz detalhes das análises da perícia e as conclusões técnicas sobre a causa da morte.
"A sua finalidade (do laudo pericial) transcende a mera atestação do óbito, sendo crucial para a formação da prova em eventuais investigações criminais ou cíveis, assegurando que a cremação não prejudicará tais apurações. A ausência do laudo pericial tanatoscópico nos autos impede a formação de convicção plena quanto à desnecessidade de preservação do corpo para fins investigativos, especialmente considerando a instauração de inquérito policial para apurar as circunstâncias da morte", disse a magistrada.
Além de negar a cremação, a juíza deu um prazo de cinco dias para que a família apresente o laudo pericial e solicitou ao IML e à 43ª Delegacia de Porto de Galinhas, responsável pelo inquérito, informações sobre o andamento das investigações, além da íntegra do documento.
O g1 tenta contato com a defesa da família de Maria Eduarda Medeiros para falar sobre a decisão. Também procurou a Polícia Civil para falar sobre a decisão judicial e o prazo para a conclusão do laudo, mas, até a última atualização desta reportagem, não obteve resposta.

Mãe de pet apaixonada pela família e pelo direito
Busca e apreensão

Polícia faz busca na casa de médico que estava em lancha que naufragou em Suape
A Polícia Civil cumpriu, na quarta-feira (25), um mandado de busca e apreensão na casa do médico urologista Serafico Pereira Cabral Júnior. Ele pilotava a lancha que naufragou no sábado (21), na praia de Suape, no Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife (veja vídeo acima).
Segundo relatos de Seráfico a testemunhas e autoridades, ele nadou por cerca de três horas até conseguir pedir socorro. A Polícia Civil não divulgou detalhes sobre o material apreendido durante a operação. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Porto de Galinhas.
A Marinha do Brasil também instaurou um inquérito para apurar as circunstâncias e causas do naufrágio. O objetivo é esclarecer se houve falha humana, técnica ou condições adversas de navegação.
A TV Globo tentou contato com o médico Serafico Júnior, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
O urologista tem 55 anos. No Instagram, ele se apresenta como especialista em litíase (formação de pedras em órgãos como os rins e vesícula) e no tratamento de aumento da próstata. Além disso, conforme o perfil, o médico é membro da Sociedade Brasileira de Urologia e da Associação Americana de Urologia (AUA, em inglês).
De acordo com Tássia Medeiros, prima da advogada, Serafico pratica modalidades aquáticas, como windsurfing, tem experiência em pilotar embarcações e já fez diversos passeios com a namorada em Muro Alto.
Segundo a família, os dois estavam juntos há aproximadamente seis meses e, pouco tempo depois, o médico deu um anel de compromisso à advogada. Tássia contou ao g1 que ele pediu Maria Eduarda em casamento no dia do acidente. A novidade foi anunciada à família em vídeo enviado por ela pouco antes do naufrágio.
Por Júlia Montenegro, Artur Ferraz, TV Globo e g1 PE
A Justiça negou permissão à família para cremar o corpo da advogada Maria Eduarda Carvalho de Medeiros, de 38 anos, que morreu num acidente de barco no sábado (21), na praia de Suape, no Grande Recife.
Além dela, estavam a bordo o noivo da vítima, o médico Serafico Pereira Cabral Junior, de 55 anos, e a cadela de estimação Belinha. Ele foi resgatado com vida enquanto o animal sumiu no mar. O caso é investigado pela Polícia Civil.
A decisão foi publicada na terça-feira (24), depois que o corpo da advogada foi encontrado a alguns quilômetros do local do naufrágio, na praia de Calhetas, no Cabo de Santo Agostinho. O velório foi realizado no mesmo dia, no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, também na Região Metropolitana.
Na quarta-feira (25), um dia depois da cerimônia, policiais cumpriram um mandado de busca e apreensão na casa do médico e noivo de Maria Eduarda, que pilotava a embarcação.
O pedido de fazer a cremação foi feito pela família da vítima, com base na declaração de óbito emitida pelo Instituto de Medicina Legal (IML), que atestou a causa da morte como "asfixia mecânica por afogamento".
Porém, na decisão, à qual o g1 teve acesso, a juíza Danielle Christine Silva Melo Burichel, que fazia o plantão judiciário da comarca do Cabo de Santo Agostinho, afirmou que o documento não substitui o laudo pericial tanatoscópico, que traz detalhes das análises da perícia e as conclusões técnicas sobre a causa da morte.
"A sua finalidade (do laudo pericial) transcende a mera atestação do óbito, sendo crucial para a formação da prova em eventuais investigações criminais ou cíveis, assegurando que a cremação não prejudicará tais apurações. A ausência do laudo pericial tanatoscópico nos autos impede a formação de convicção plena quanto à desnecessidade de preservação do corpo para fins investigativos, especialmente considerando a instauração de inquérito policial para apurar as circunstâncias da morte", disse a magistrada.
Além de negar a cremação, a juíza deu um prazo de cinco dias para que a família apresente o laudo pericial e solicitou ao IML e à 43ª Delegacia de Porto de Galinhas, responsável pelo inquérito, informações sobre o andamento das investigações, além da íntegra do documento.
O g1 tenta contato com a defesa da família de Maria Eduarda Medeiros para falar sobre a decisão. Também procurou a Polícia Civil para falar sobre a decisão judicial e o prazo para a conclusão do laudo, mas, até a última atualização desta reportagem, não obteve resposta.

Mãe de pet apaixonada pela família e pelo direito
Busca e apreensão

Polícia faz busca na casa de médico que estava em lancha que naufragou em Suape
A Polícia Civil cumpriu, na quarta-feira (25), um mandado de busca e apreensão na casa do médico urologista Serafico Pereira Cabral Júnior. Ele pilotava a lancha que naufragou no sábado (21), na praia de Suape, no Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife (veja vídeo acima).
Segundo relatos de Seráfico a testemunhas e autoridades, ele nadou por cerca de três horas até conseguir pedir socorro. A Polícia Civil não divulgou detalhes sobre o material apreendido durante a operação. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Porto de Galinhas.
A Marinha do Brasil também instaurou um inquérito para apurar as circunstâncias e causas do naufrágio. O objetivo é esclarecer se houve falha humana, técnica ou condições adversas de navegação.
A TV Globo tentou contato com o médico Serafico Júnior, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
O urologista tem 55 anos. No Instagram, ele se apresenta como especialista em litíase (formação de pedras em órgãos como os rins e vesícula) e no tratamento de aumento da próstata. Além disso, conforme o perfil, o médico é membro da Sociedade Brasileira de Urologia e da Associação Americana de Urologia (AUA, em inglês).
De acordo com Tássia Medeiros, prima da advogada, Serafico pratica modalidades aquáticas, como windsurfing, tem experiência em pilotar embarcações e já fez diversos passeios com a namorada em Muro Alto.
Segundo a família, os dois estavam juntos há aproximadamente seis meses e, pouco tempo depois, o médico deu um anel de compromisso à advogada. Tássia contou ao g1 que ele pediu Maria Eduarda em casamento no dia do acidente. A novidade foi anunciada à família em vídeo enviado por ela pouco antes do naufrágio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentários são publicados somente depois de avaliados por moderador. Aguarde publicação. Agradecemos a sua opinião.