quarta-feira, novembro 02, 2016

Humberto denuncia retrocesso no MCTIC

Senador Humberto Costa (Foto: Alessandro Dantas/Liderança PT no Senado)

O líder do PT no Senado, Humberto Costa, criticou a decisão do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) de subordinar o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), a Agência Espacial Brasileira (AEB) e a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) a “Coordenação Geral de Serviços Postais e de Governança e Acompanhamento de Empresas Estatais e Entidades Vinculadas”.

Segundo o senador, a medida reduz a importância das empresas e representam um “descaso e comprovam a falta de comprometimento da gestão de Michel Temer (PMDB) com o progresso e a ciência no país”. “O CNPq, a Fibep e a AEB são instituições que prestam serviços inestimáveis ao Brasil. Reestruturar o MCTIC sem debate e colocar todas essas entidades em papel secundário é inadmissível”, afirmou Humberto.

A mudança no ministério também gerou reação de vários outros setores. A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC) soltaram texto de repúdio à medida. No documento, consideram a reestruturação um “inconcebível retrocesso”.

“Quando foi criado, a função do MCT era de valorizar e robustecer o sistema de financiamento à pesquisa básica, tecnológica e de inovação, assim como dar dimensão e condições de operacionalização às políticas espacial e nuclear, em consonância com as potencialidades, necessidades e pretensões do País nessas áreas. Colocá-los sob uma coordenação de quarto nível do MCTIC é não reconhecer a importância da CT&I para o País e para a sociedade brasileira”, afirma o texto.

Para o senador Humberto Costa, a medida se soma a um conjunto de outras ações que prejudicam a pesquisa, a ciência e a educação. “Eles já reduziram recurso pra pesquisa, já acabaram com bolsas. Estão paulatinamente destruindo tudo de avanço que conseguirmos nos últimos tempos. Mas vamos seguir lutando e denunciando essas arbitrariedades. Eles não passaram impunes com essas medidas”, afirmou Humberto.

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