terça-feira, abril 05, 2016

Oposição volta a cobrar diálogo do Governo com servidores do Detran

Silvio Costa Filho (Foto: Roberto Soares)

Iniciada há 32 dias, a greve no Departamento Estadual de Trânsito (Detran) voltou a ser tema de pronunciamentos no Plenário da Assembleia Legislativa nesta terça (5). O líder da Oposição, deputado Sílvio Costa Filho (PRB), defendeu o reajuste de 33% pleiteado pelos servidores e reiterou o pedido aos parlamentares situacionistas para que articulem uma saída para o problema. Líder do Governo, Waldemar Borges (PSB) se disse “à disposição” para tratar do tema e reafirmou seu interesse em contribuir com o diálogo, mas explicou que a negociação foi assumida pelo presidente do órgão, Charles Ribeiro.

Para Costa Filho, a “ordem do Governo é não negociar.” O parlamentar voltou a citar o incremento de 260% nas receitas do Detran nos últimos oito anos, e lembrou que trouxe o tema à tribuna na semana passada, quando obteve da liderança governista o compromisso de mediar uma solução que atendesse ambas as partes. “Mas, desde a última sexta(1º), recebo telefonemas dizendo que os gestores não querem sentar à mesa para buscar resultados”, lamentou.

Waldemar Borges afirmou que membros do sindicato da categoria também estiveram em seu gabinete na semana passada, quando ficaram ajustados entendimentos em torno de pontos específicos da pauta de reivindicações. No entanto, relatou Borges, os servidores “atropelaram” a negociação e fizeram cobranças diretamente à diretoria do Detran, que então evocou para si o diálogo com a categoria. “As coisas tomaram um tom de intriga pessoal, então ficou difícil negociar. Mas permaneço à disposição para contribuir quando necessário.”

Impeachment – Waldemar Borges ainda aproveitou o tempo na tribuna para elogiar o editorial do Diario de Pernambuco dessa segunda (4), também citado ontem por Edilson Silva (PSOL), que pede a renúncia conjunta de Dilma Rousseff e Michel Temer para que seja realizada nova eleição presidencial em 90 dias. “Parabenizo o jornal pela coragem e equilíbrio deste editorial, que trata a presidente da República com respeito, mas ao mesmo tempo reconhece que ela perdeu a capacidade de governar”, opinou.

Alepe

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