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| Rodrigo Maia |
Do site Português de Brasileiro, por Rodrigo Maia
"Isso não pode fazer com que a gente se ''perda'' (Marina Silva)
"A gente espera que o problema seje resolvido" (Pastor Everaldo)
"É importante que esteja representado várias instâncias. (Dilma Rousseff)
"Vamos trabalhar para que as decisões efetivas sejam efetivadas ".(Aécio Neves)
"Acho isso uma atitude totalmente desnecessário" (Eduardo Jorge)
Os escorregões que separei foram cometidos ontem pelos candidatos à presidência da República, durante um debate realizado pela TV Bandeirantes. Depois das "pérolas", as piadas na internet foram inevitáveis. Recebi mensagens de pessoas indignadas com os erros tão grosseiros cometidos pelos políticos. Então, vamos fazer uma rápida reflexão sobre o tema.
Em primeiro lugar, é importante deixar claro que a modalidade oral da língua é bastante diferente da modalidade escrita. Isto quer dizer que, enquanto estamos falando, a possibilidade de cometermos "desvios gramaticais" é maior. E isso acontece pelo simples fato de que as regras da língua são pautadas em padrões da escrita; e não da fala.
Mesmo assim, a sociedade cobra um registro correto em todas as situações formais. E quem escorrega no português recebe duras críticas.
Infelizmente, desde a escola, não aprendemos a falar em situações como seminários, palestras e debates. A maioria das aulas é totalmente voltada para a modalidade escrita. Você, com certeza, já recebeu aulas de como se escreve uma dissertação, por exemplo. Porém, são raros os casos de escolas que preparam os alunos para as diversas situações formais de oralidade.
Como devemos argumentar nessas situações? Quais são as estratégias? Como devem ser dirigidas as perguntas? Como devo iniciar as respostas? Qual é a estrutura de cada resposta de acordo com o tema abordado? Devo repetir determinadas palavras? O que é considerado erro na fala? Qual a diferença entre uso da fala e uso da escrita? E eu poderia citar mais dezenas de questões sobre o assunto.
Para gente ver como a cobrança sobre o uso correto do português é enorme, segundo uma pesquisa realizada pelo Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube), o mau uso da língua portuguesa, tanto na oralidade como na escrita, é fator determinante para a desclassificação de candidatos a vagas de estágio. Mais de 40% são eliminados devido a questões exclusivamente gramaticais.
Portanto, se para um candidato a uma vaga de estágio a cobrança é grande, imagine só para um candidato à presidência da República!
Voltando a falar sobre os erros cometidos no debate, veja quais seriam as formas adequadas dos exemplos citados no começo do texto de hoje:
Rodrigo Maia é graduado em jornalismo, radialismo e letras e mestre e doutor em Língua Portuguesa pela PUC-SP. Trabalho como editor de texto na TV Record
"Acho isso uma atitude totalmente desnecessário" (Eduardo Jorge)
Os escorregões que separei foram cometidos ontem pelos candidatos à presidência da República, durante um debate realizado pela TV Bandeirantes. Depois das "pérolas", as piadas na internet foram inevitáveis. Recebi mensagens de pessoas indignadas com os erros tão grosseiros cometidos pelos políticos. Então, vamos fazer uma rápida reflexão sobre o tema.
Em primeiro lugar, é importante deixar claro que a modalidade oral da língua é bastante diferente da modalidade escrita. Isto quer dizer que, enquanto estamos falando, a possibilidade de cometermos "desvios gramaticais" é maior. E isso acontece pelo simples fato de que as regras da língua são pautadas em padrões da escrita; e não da fala.
Mesmo assim, a sociedade cobra um registro correto em todas as situações formais. E quem escorrega no português recebe duras críticas.
Infelizmente, desde a escola, não aprendemos a falar em situações como seminários, palestras e debates. A maioria das aulas é totalmente voltada para a modalidade escrita. Você, com certeza, já recebeu aulas de como se escreve uma dissertação, por exemplo. Porém, são raros os casos de escolas que preparam os alunos para as diversas situações formais de oralidade.
Como devemos argumentar nessas situações? Quais são as estratégias? Como devem ser dirigidas as perguntas? Como devo iniciar as respostas? Qual é a estrutura de cada resposta de acordo com o tema abordado? Devo repetir determinadas palavras? O que é considerado erro na fala? Qual a diferença entre uso da fala e uso da escrita? E eu poderia citar mais dezenas de questões sobre o assunto.
Para gente ver como a cobrança sobre o uso correto do português é enorme, segundo uma pesquisa realizada pelo Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube), o mau uso da língua portuguesa, tanto na oralidade como na escrita, é fator determinante para a desclassificação de candidatos a vagas de estágio. Mais de 40% são eliminados devido a questões exclusivamente gramaticais.
Portanto, se para um candidato a uma vaga de estágio a cobrança é grande, imagine só para um candidato à presidência da República!
Voltando a falar sobre os erros cometidos no debate, veja quais seriam as formas adequadas dos exemplos citados no começo do texto de hoje:
Rodrigo Maia é graduado em jornalismo, radialismo e letras e mestre e doutor em Língua Portuguesa pela PUC-SP. Trabalho como editor de texto na TV Record
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