segunda-feira, abril 08, 2019

'Acho que não tem tanta notícia ruim', diz Bolsonaro após pesquisa Datafolha


Após a divulgação da pesquisa Datafolha, na qual aparece com a menor popularidade entre os eleitos para um primeiro mandato após três meses de administração, o presidente Jair Bolsonaro disse que não comentaria os resultados do levantamento. Ele afirmou, no entanto, o governo não tem "tanta notícia ruim" quanto a imprensa tem publicado.

O presidente disse ainda que, esta semana, quando o governo completará 100 dias, cada ministro falará sobre o que está fazendo em sua respectiva área.

— Não vou perder tempo comentando pesquisa Datafolha, que disse que eu ia perder pra todo mundo no segundo turno,— disse. — Datafolha? Datafolha? Sem comentários — respondeu, depois de ser indagado se a pesquisa é mentirosa.


Mais tarde, ao deixar uma casa, na região do Lago Sul em Brasília, onde um amigo de escola militar o recebeu para um churrasco, Bolsonaro afirmou que, ao completar 100 dias de governo, na próxima quarta-feira, “cada ministro vai falar da sua pasta e da sua área”.

— Vocês estão acompanhando, vocês são da imprensa. Eu acho que não é tanta notícia ruim quanto vocês têm publicado - disse Bolsonaro, de acordo com o jornal “O Estado de S. Paulo”.

O presidente publicou ainda em suas redes sociais um vídeo para, segundo ele, demonstrar “um pouco de como o povo” o trata. Editada e com um trilha sonora orquestrada, a gravação exibe Bolsonaro abraçando crianças e sendo cumprimentado por apoiadores na frente do Palácio da Alvorada, na manhã deste domingo.

Enquanto posava para foto carregando um garoto, o presidente pediu que ele sorrisse. Em seguida, agradeceu pela atenção, enquanto era filmado por equipes de reportagem.

O presidente escreveu a postagem em resposta à suposta afirmação do Datafolha de que Lula e Dilma seriam mais inteligentes que ele. Na verdade, a pesquisa retrata a sensação dos entrevistados.

Para 58% dos entrevistados, Bolsonaro é muito inteligente, contra 39%, que o consideram pouco inteligente. No início das gestões de Lula e Dilma, o percentual dos que avaliavam os presidentes como muito inteligentes eram maiores, respectivamente, 69% e 85%.

Por O Globo

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