sexta-feira, novembro 25, 2016

Protestos fecham vários trechos de rodovias federais em Pernambuco


Protestos nas rodovias de Pernambuco atingiram a BR 101, em Goiana (Foto: Ascom PRF/PE)

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou, nesta sexta-feira (25), que manifestantes bloquearam trechos de rodovias em Pernambuco. Os atos foram realizados por entidades contrárias à Proposta de Emenda Constitucional do teto dos gastos da União (PEC 55). O número de participantes dos protestos não foi divulgado. As vias já foram liberadas.

Pela manhã, foram bloqueados trechos da BR-101 Sul, em Escada, Zona da Mata Su, além da BR-101 Norte, na altura de Igarassu e Goiana. Ainda houve registro de bloqueio nas proximidades da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), na Zona Oeste da capital pernambucana, na BR-232 - em Moreno e em Vitória de Santo Antão.

De acordo com a PRF, os responsáveis são integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Às 11h20, o único trecho bloqueado era o da BR-232 em Jaboatão dos Guararapes, na altura de Santo Aleixo. Ele foi liberado às 11h30.

Recife
Integrantes de centrais sindicais, contrários à Proposta de Emenda Constitucional do teto dos gastos da União (PEC 55), colocaram fogo em pneus e em entulhos. Eles interditaram as avenidas Cruz Cabugá e Agamenon Magalhães.

Veja fotos do protesto no Grande Recife.

Por causa das manifestações e do trânsito parado no Centro, muitos passageiros do transporte coletivo tiveram que descer dos ônibus e seguir a pé. Houve muita reclamação de quem não conseguiu chegar ao destino.

Protestos
No Dia Nacional de Paralisação, nesta sexta, também anunciaram que vão paralisar as atividades bancários, agentes da Polícia Civil, professores em todas as instâncias, petroleiros, operários da construção civil, Previdência Social, Correios e Detran. Os detalhes foram divulgados na quinta (24), na sede da Força Sindical, no Recife.

Na capital pernambucana, ao menos cinco centrais sindicais devem realizar atos durante o dia, com promessa de bloqueios de rodovias e piquetes em frente a fábricas do estado. Entre as centrais, estão a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central Sindical Popular, União Geral dos Trabalhadores, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil e a Central Intersindical.

As paralisações nos diversos setores começam a partir da meia-noite da sexta-feira. Carlos Veras, presidente da CUT em Pernambuco, afirmou que a paralisação é uma forma de pressão no Legislativo.

Segundo ele, a PEC 55 significa o fim de diversos direitos conquistados ao longo de muito tempo. Ele acredita que a proposta acaba, por exemplo, com a possibilidade de um trabalhador de acessar a universidade, já que provoca o sucateamento principalmente da Educação e Saúde. Por trás de tudo isso, está a tentativa de privatização.

Segundo Áureo Cisneiros, presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco e representante da Central Intersindical, nas delegacias, durante a paralisação, serão realizados apenas procedimentos de flagrantes de delitos.

Ele diz que o efetivo que continuará nas ruas só dará continuidade ao trabalho de flagrantes. O presidente do Sinpol observa que a pauta também diz respeito ao sucateamento da segurança pública e, principalmente, da segurança das mulheres, já que a data também representa a luta contra a violência às mulheres.


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