sábado, setembro 06, 2014

Inspeção da 1ª Vara de Execuções Penais do Recife retira armas e drogas do Complexo Prisional do Curado

Foto ilustrativa

Uma equipe da 1ª Vara de Execuções Penais do Recife e a Polícia Militar de Pernambuco realizaram, na manhã desta sexta-feira (5/9), uma inspeção no Complexo Prisional do Curado (antigo Aníbal Bruno). No local, foi constatada uma série de irregularidades, entre as quais a presença de facas, foices, porretes, cigarros, drogas como crack e maconha, balança para medição de venda de drogas e uma destilaria de aguardente, feita à base de arroz, fermento e frutas.

A operação foi formada por cerca de 100 pessoas, sendo 80 policiais militares do Batalhão do Choque e da Companhia Independente de Operações Especiais, além do Batalhão de Cães, e 20 membros da 1ª Vara de Execuções Penais, entre servidores e o juiz Luiz Rocha, titular da unidade judiciária.

Para a operação, o magistrado contou com o apoio da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos. "O nosso objetivo com a ação era chamar a atenção da sociedade e dos órgãos competentes para as irregularidades presentes no complexo prisional e demonstrar a necessidade de uma fiscalização efetiva no local. É preciso que se tomem medidas urgentes para se combater essa situação calamitosa", afirmou.

Segundo o magistrado, há cerca de um mês ele enviou um ofício à Secretaria Executiva de Ressocialização de Pernambuco (Seres) relatando as irregularidades descritas pelos próprios presos e constatadas em visitas anteriores. "Não observamos nenhuma medida efetiva no sentido de fiscalizar a situação do presídio, por isso realizamos essa ação conjunta", disse. De acordo com o juiz, outros relatos dos presos revelam a falta de atendimento jurídico e a submissão a torturas e espancamentos.

Os objetos apreendidos foram entregues à direção do presídio. As drogas serão encaminhadas ao Departamento de Repressão ao Narcotráfico (Denarc) para serem incineradas. A destilaria de aguardente foi destruída. "A situação que encontramos no local é realmente preocupante. Esperamos que sejam tomadas as providências pelo Poder Público, para reverter esse quadro de abandono e ilegalidade da unidade prisional", observou o magistrado.

Ascom TJPE

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