quinta-feira, junho 02, 2016

Polícia Federal combate rede de distribuição de cocaína para o Nordeste


Uma rede de tráfico de drogas que distribuía cocaína para o Nordeste brasileiro é o alvo da operação Construtor, da Polícia Federal (PF), deflagrada na manhã de hoje (2). Os mandados são cumpridos simultaneamente no Recife, em Fortaleza, João Pessoa e em Foz do Iguaçu (PR).

As investigações começaram em 2014 pela Delegacia de Repressão a Drogas. Segundo a polícia, a organização criminosa era comandada por um homem que utilizava nome falso e fazia a passagem de cocaína na fronteira Brasil-Paraguai, transportando em seguida para o Recife, onde a droga era distribuída a várias cidades do Nordeste.

Ainda de acordo com a PF, o grupo lavaria o dinheiro do tráfico adquirindo veículos, apartamentos e terrenos, onde eram construídos imóveis para revenda. Por isso, o nome da operação: Construtor.

São seis mandados de prisão preventiva, quatro deles em Pernambuco. Três investigados já estão no presídio Juiz Antônio Luiz Lins de Barros, no Complexo do Curado, detidos em flagrante com 24,4 quilos de cocaína, em agosto de 2014, no município de Jaboatão dos Guararapes, quando um suposto químico da quadrilha veio do Paraguai para melhorar a qualidade da droga. O outro é um funcionário terceirizado do sistema prisional, que já está na sede da PF no Recife. A operação inclui a Intimação de um advogado (ele não será preso) e busca na casa dele e no escritório de advocacia.

No Ceará são cumpridos mais dois mandados de prisão, de um empresário apontado pela PF como o principal líder da organização e de sua esposa, no bairro de Lagoa Redonda, em Fortaleza.

É em nome dele que estão registrados alguns dos imóveis sequestrados hoje. O investigado já foi preso e indiciado por homicídio, ocorrido em um acidente de carro supostamente causado por sua embriaguez. A vítima foi uma grávida de oito meses.

Há o cumprimento também de cinco mandados de busca e apreensão - três em Pernambuco, um no Ceará e um no Paraná, além da apreensão de três veículos, do bloqueio de oito contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas, do sequestro de oito imóveis (seis no Ceará e dois em Pernambuco) e da quebra de sigilo fiscal de quatro pessoas físicas e jurídicas. Todas as medidas cautelares foram expedidas pela 13ª Vara da Justiça Federal de Pernambuco.

Os integrantes são investigados por crimes de associação e tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e por constituir ou integrar organização criminosa. Em caso de condenação, as penas, se somadas, podem chegar a 65 anos de reclusão.

Agência Brasil

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