domingo, junho 22, 2025

EUA entram na guerra: secretário-geral da ONU fala em 'consequências catastróficas' para o mundo; veja repercussão


Por Redação g1

O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou neste sábado (21) que os bombardeios realizados pelos Estados Unidos contra o Irã representam uma "escalada perigosa em uma região que já está no limite — e uma ameaça direta à paz e à segurança internacional".

O alerta veio após o presidente norte-americano, Donald Trump, confirmar que autorizou ataques a três instalações nucleares iranianas, nas cidades de Natanz, Esfahan e Fordow. O Irã confirmou que foi alvo das ofensivas.

"Há um risco crescente de que este conflito saia rapidamente do controle — com consequências catastróficas para os civis, a região e o mundo", declarou Guterres, em nota publicada pela ONU e repercutida pela agência Reuters.

"Apelo aos Estados-Membros para que reduzam a tensão e cumpram suas obrigações sob a Carta da ONU e outras normas do direito internacional. Neste momento perigoso, é fundamental evitar uma espiral de caos. Não há solução militar. O único caminho a seguir é a diplomacia. A única esperança é a paz."

A decisão de Trump de unir-se militarmente a Israel em sua campanha contra o Irã marca uma escalada significativa na crise. Os dois países estão envolvidos em confrontos aéreos há mais de uma semana, com relatos de mortes e feridos dos dois lados.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, elogiou o ataque e afirmou que a decisão de Trump “mudará a história”.

“A história registrará que o presidente Trump agiu para negar ao regime mais perigoso do mundo as armas mais perigosas do mundo”, declarou Netanyahu em um discurso neste sábado.

Na América Latina, o presidente colombiano Gustavo Petro se mostrou preocupado com a ofensiva dos EUA.

Durante um evento, Petro alertou que o bombardeio coloca em risco a paz global.

“Este ato incendeia o Oriente Médio [...] e não afeta apenas o Oriente Médio, mas todos nós aqui na Colômbia. Também temos que pedir e exigir como seres humanos, cara a cara e sem abaixar a cabeça, exigimos a paz mundial”, afirmou o líder colombiano.

O governo da Venezuela também se posicionou contra a ação. Em mensagem publicada no Telegram, o chanceler Yván Gil afirmou que “a Venezuela condena a agressão militar dos EUA contra o Irã e exige a cessação imediata das hostilidades”, segundo a Reuters.

Segundo ele, "a República Bolivariana da Venezuela condena firme e categoricamente o bombardeio realizado pelas forças armadas dos Estados Unidos, a pedido do Estado de Israel, contra instalações nucleares na República Islâmica do Irã, incluindo os complexos de Fordow, Natanz e Isfahan”.

O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, classificou os ataques como uma "perigosa escalada do conflito no Oriente Médio".

Em publicação na rede social X, ele disse: “Condenamos energicamente o bombardeio dos EUA contra instalações nucleares do Irã. A agressão constitui uma grave violação da Carta da ONU e do direito internacional e mergulha a humanidade em uma crise de consequências irreversíveis”.

Já o Ministério das Relações Exteriores do México reforçou o apelo pela via diplomática. “A chancelaria faz um chamado urgente ao diálogo diplomático pela paz entre as partes envolvidas no conflito no Oriente Médio”, escreveu o órgão no X.

"Em consonância com os princípios constitucionais da política externa mexicana e com a vocação pacifista do país, reiteramos nosso apelo pela redução das tensões na região. A restauração da convivência pacífica entre os Estados da região é a maior prioridade.”

Por Redação g1

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