domingo, janeiro 09, 2022

Sete mortes foram confirmadas até o momento no deslizamento de pedras em Capitólio (MG)

Rocha cai no lago de Furnas (MG) causando mortes e afundando embarcações - imagens fortes

O tenente do Corpo de Bombeiros, Pedro Aihara, afirmou que o número de pessoas desaparecidas depois do desabamento de uma pedra em Capitólio diminuiu de 20 para três. Segundo o porta-voz do Corpo de Bombeiros, sete pessoas morreram.

Em entrevista para a EPTV, afiliada Globo, o tenente havia informado que quatro pessoas estavam desaparecidas e que 16 pessoas foram localizadas após cruzamento de informações com os hospitais de Minas Gerais. Entretanto, por volta de 21h, a informação foi atualizada e o número de desaparecidos caiu para três. Com isso, a sétima morte foi confirmada.

“A informação inicial que a gente tinha era de 20 pessoas desaparecidas, porque muitas pessoas que foram atendidas nos hospitais e o cruzamento de listas ainda não tinha sido feito e elas estavam constando como desaparecidas. A gente já conseguiu fazer o contato com boa parte delas e esse numero já diminuiu drasticamente. As pessoas que com certeza estão desaparecidas são as pessoas da lancha Jesus, que foi uma das lanchas diretamente atingidas. No momento em que a pedra se desprende, ela atinge quatro lanchas, duas diretamente e outras duas com impacto indireto. Essa lancha Jesus é a lancha com maior numero de pessoas desaparecidas”.

Segundo o Corpo de Bombeiros, sete mortes foram confirmadas até o momento. O Corpo de Bombeiros seguirá nas buscas pelos desaparecidos da tragédia que assolou a cidade de Capitólio (MG). Somente as buscas por mergulho serão interrompidas no período noturno. As buscas por avião não foram possíveis devido às más condições de tempo.

Entenda o caso

Um deslizamento de pedras no Lago de Furnas, em Capitólio (MG), a cerca de 300 km de Belo Horizonte, atingiu quatro embarcações, com pelo menos 34 pessoas, neste sábado (8), e causou sete mortes.

Mortes

O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais confirmou 7 mortes pelo deslizamento.

As vítimas são 3 mulheres e 4 homens, informou o delegado de Capitólio; ninguém foi identificado ainda.

Desaparecidos

O coronel dos bombeiros Edgard Estevo, disse primeiramente que a estimativa é que 20 pessoas estivessem desaparecidas. Entretanto, em entrevista para a EPTV, afiliada Globo, o tenente Pedro Aihara afirmou que atualmente são quatro pessoas desaparecidas e que eles conseguiram contato com as outras vítimas.

De acordo com o coronel, 40 bombeiros e mergulhadores estão no local do acidente, mas as buscas estão suspensas durante a noite.

Feridos

Segundo o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, 32 pessoas foram atendidas por causa do acidente, a maioria com ferimentos leves.

Dessas, 27 foram atendidas e liberadas: 23 delas da Santa Casa de Capitólio e outras 4 da Santa Casa de São José da Barra, a 46 km de Capitólio.

Outras 4 pessoas, ao menos, seguem internadas:

2 pessoas com fraturas expostas foram para a Santa Casa de Piumhi, a cerca de 23 km de Capitólio;
2 pessoas seguem internadas na Santa Casa de Passos, a 74 km de Capitólio; a terceira pessoa que estava internada em Passos foi para um hospital particular – por isso, os bombeiros não têm informações sobre o estado de saúde dela.

Ninguém foi identificado até agora. Guarnições de Passos e Piumhi foram deslocadas para a região para prestar atendimento às vítimas.

Lugar turístico

A região de Capitólio e outras cidades banhadas pelo Lago de Furnas, no Centro-Oeste de Minas, é bastante procurada por turistas por sua beleza natural.

Assim como outras partes do estado, a região tem sido atingida pelas chuvas recentes: na sexta-feira (7), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) havia emitido um alerta de chuvas intensas, que durariam até a manhã deste sábado.

Neste sábado (8), Defesa Civil de Minas Gerais havia feito um alerta sobre chuvas intensas e a possibilidade de ocorrências de "cabeça d'água' em Capitólio, mas não há confirmação que essa foi a causa do acidente. A Marinha disse que investiga o motivo de os passeios serem mantidos.

O porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas, Pedro Aihara, explicou que a formação rochosa do local é do tipo sedimentar, o que torna as estruturas dos paredões frágeis, e a quantidade de chuvas agravou a situação por acelerar a erosão.

Por Lara Silva, g1 Sul de Minas
Vídeo: Estado de Minas

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