domingo, outubro 20, 2019

525 toneladas de resíduos de óleo já foram coletados no Nordeste

A Marinha ressalta que, pelo desconhecimento da origem do óleo, ainda não é possível saber por quanto tempo as manchas continuarão aparecendo.
A Marinha divulgou neste domingo que coletou 525 toneladas de resíduos nas praias do Nordeste desde o primeiro aparecimento das manchas, no dia 2 de setembro, na Paraíba. Segundo o órgão, o recolhimento é um esforço conjunto de órgãos federais, estados, municípios e voluntários.

Segundo a Marinha, só a região de Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco, registra resíduos de óleo em seu litoral. As ações de limpeza estão em andamento. A Marinha ressalta que, pelo desconhecimento da origem do óleo, ainda não é possível saber por quanto tempo as manchas continuarão aparecendo.

No sábado, o Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA) informou que foram encontradas vestígios de óleo na praia do Tiririca e Itacarezinho, em Itacaré, na Bahia. Servidores da Secretaria do Meio Ambiente, da prefeitura, da Marinha e da Petrobras fizeram a limpeza e recolheram amostras para análise. Foram recolhidos 1,5 kg de resíduos.

Em Pernambuco, as manchas chegaram em Porto de Galinhas, Pontal do Maracaípe, Praia do Guaiamum, Sirinhaém e na foz do Rio Una. Segundo o grupo, as regiões foram limpas ao longo do dia. Além disso, a Petrobras contratou dois navios especializados no recolhimento de óleo no mar que ficarão estacionados na costa do estado, em Tamandaré e Maragogi.

O GAA é formado pela Marinha, Agência Nacional do Petróleo (ANP) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Compete ao grupo avaliar os incidentes, acompanhar as ações adotadas e manter o Ministério do Meio Ambiente informado sobre a situação.

Colaboração internacional

Órgãos nacionais e internacionais estão trabalhando para descobrir a origem do óleo. Segundo a Marinha, a colaboração envolve universidades, centros de pesquisa e Polícia Federal. Instituições estrangeiras como a Organização Marítima Internacional, a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica do Departamento de Comércio e a Guarda Costeira dos Estados Unidos também colaboram com a investigação.

Por Gabriel Shinohara
O Globo

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