quinta-feira, abril 02, 2015

Ataque com reféns no Quênia mata ao menos 20 em universidade


A organização extremista al-Shabaab reivindicou o ataque armado realizado nesta quinta-feira (02) à Universidade de Garissa, no Nordeste do Quênia, que deixou ao menos 20 mortos e mais de 65 feridos, segundo a BBC. O grupo islâmico somali afirmou que a ação é uma vingança contra a intervenção de tropas quenianas na Somália e anunciou que mantêm cristãos como reféns. Um terrorista suspeito foi preso e 82 somalis que teriam conexão com o grupo foram detidos, segundo as autoridades. Cerca de 300 estudantes estariam desaparecidos, embora outros dados apontassem para mais de 500.

— O Quênia está em guerra com a Somália. Nosso povo continua lá, eles estão lutando e sua missão é matar os que são contrários ao al-Shabaab — disse à agência France Press por telefone um porta-voz do grupo, Sheikh Ali Mohamud Rage. — Matamos muitos. Vão ficar chocados quando entrarem.

Em outro comunicado, o grupo aponta a universidade como uma "ideologia desviante". "A Universidade de Garissa é origem de atividades missionárias e espalha ideologias erradas entre os muçulmanos do Quênia."

O grupo jihadista mantém reféns e há troca de tiros com as forças de segurança ao longo de várias horas. Policiais e militares cercam o campus da universidade e tentam expulsar os atacantes.

Estudantes que conseguiram escapar contaram que os terroristas entraram no alojamento e iam de quarto em quarto perguntando quem era cristão e quem era muçulmano.

— Se você era cristão, atiravam em você. A cada tiro pensei que fosse morrer — contou Collins Wetangula, que foi resgatado por agentes que entraram por uma janela.

Dos 815 alunos, não se tem notícia de pelo menos 280, segundo as autoridades, e dezenas de estudantes cristãos estariam sendo mantidos como reféns.

O Globo

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