segunda-feira, junho 24, 2013

Frases do dia 24/06/13: Coletânea IHU

Coisa de eleição

“Partido virou coisa de eleição. Tem gente que tem as suas preferências no período eleitoral. Mas partido deixou de ser instrumento de mobilização das ruas. Até porque os nossos partidos de esquerda chegaram ao poder e estão aí há dez anos. Houve um afastamento, principalmente desse contato com a juventude” - Lindbergh Farias, ex-líder dos caras-pintadas que em 1992 ajudou a pressionar pelo impeachment do então presidente Fernando Collor, senador – PT-RJ – Folha de S. Paulo, 24-06-2013.

Base popular

“Aquele jovem de 17 ou 18 anos, que está entrando em uma universidade, está irritado com as instituições, com os governos, com as prioridades tomadas. Quando vê uma Copa das Confederações, essa grande festa, esse Brasil do cartão postal', ele chama para o Brasil real. Esse movimento está com base popular. Tem uma coisa diferente da minha época” - Lindbergh Farias, ex-líder dos caras-pintadas que em 1992 ajudou a pressionar pelo impeachment do então presidente Fernando Collor, senador – PT-RJ – Folha de S. Paulo, 24-06-2013.

Duas cores

“Na minha época, da juventude do movimento do impeachment [do então presidente Collor], era mais de juventude de classe média. Eu queria que não tivesse sido. Queria que tivesse lá a juventude da periferia... Mas foi muito da classe média. Agora, acho que tem duas cores: e classe média e juventude de periferia "que é essa nova classe média” -Lindbergh Farias, ex-líder dos caras-pintadas que em 1992 ajudou a pressionar pelo impeachment do então presidente Fernando Collor, senador – PT-RJ – Folha de S. Paulo, 24-06-2013.

Descolamento

“(O PT e o governo) Tem que sentir mais a realidade. Por exemplo, obras da Copa lá no Rio de Janeiro. Metrô de Ipanema para a Barra? Qual é o legado? BRT [Bus Rapid Transit] sai de onde? Sai do aeroporto Galeão e vai para a Barra da Tijuca. O que o povo acha? Estão fazendo obras para os turistas” - Lindbergh Farias, ex-líder dos caras-pintadas que em 1992 ajudou a pressionar pelo impeachment do então presidente Fernando Collor, senador – PT-RJ – Folha de S. Paulo, 24-06-2013.

Vida do povo no centro

“Reforma política está fora dessa pauta aí (do movimento de rua). A pauta que esses caras podem ajudar é colocar a vida do povo no centro do debate político” - Lindbergh Farias, ex-líder dos caras-pintadas que em 1992 ajudou a pressionar pelo impeachment do então presidente Fernando Collor, senador – PT-RJ – Folha de S. Paulo, 24-06-2013.

Revolução possível

"Quando a gente olha as reivindicações, conclui que, embora sejam as mais variadas, fica clara a necessidade de mudar a forma de fazer política e o funcionamento dos poderes. A revolução que está em jogo não é na economia. A revolução possível é na política" – Cristovam Buarque, senador – PDT-DF – Valor, 24-06-2013.

Envelhecimento

"Nossos partidos não refletem mais o que o povo precisa com seus representantes, nem do ponto de vista do conteúdo, nem do ponto de vista da forma. Nosso discurso e nossas propostas ficaram velhos" – Cristovam Buarque, senador – PDT-DF – Valor, 24-06-2013.

Ausência de protocolo

"Ficou claro que as forças policiais têm agido pouco profissionalmente. Eles reagem muito à provocação. É fácil provocar um policial e ele sair atirando. Esse tipo de baixo grau de treinamento, de erro operacional, denota ausência de um protocolo de ação" - Claudio Beato, diretor do Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) - Valor, 24-06-2013.

Estaiada

"Vai ficar inviável para o Haddad aumentar a tarifa nos próximos quatro anos. Isso vai implicar em corte nos investimentos e quem vai sofrer não vai ser o pessoal que estava [protestando] na Paulista, na ponte Estaiada" -André Paulani, filho da secretária de Planejamento e Orçamento, Leda Paulani (PT), ex- presidente do centro acadêmico da Faculdade de Direito da PUC-SP - Valor, 24-06-2013.

Nada

“A grande incógnita é aonde vai desaguar um movimento que não deseja se institucionalizar, como se pode intervir na sociedade e no País sem uma institucionalização do movimento (se transformando num partido, por exemplo). Não sei como vão resolver isso. Talvez não seja mesmo para resolver nada” – Cacá Diegues, cineasta – O Estado de S. Paulo, 24-06-2013.

Comportamental

“Fiz meu "serviço militar" político desde a passeata contra o aumento dos bondes, com 16 anos. Fui à passeata pró-Jango na Central no 13 de março de 1963, fui "dispersado" na saída da Candelária depois da missa do estudante Edson Luis, estava na dos Cem Mil em 1968, na das Diretas-Já de 1984 e torci pelos caras-pintadas anti-Collor. Levei porrada da polícia do governador Carlos Lacerda, fui bem tratado pelo Exército sob comando do presidente João Goulart, corri e cheirei muito gás dos soldados da ditadura, me emocionei com a unidade democrática das Diretas-Já. Em cada ocasião, sabia direitinho qual era a palavra de ordem - muitas vezes única - que devia proclamar e gritar. Agora é diferente, é uma coisa de nosso tempo, fragmentária, pontual, comportamental, que não se explica pela adesão a um líder ou a um partido, que não tem uma palavra de ordem única e universal” – Cacá Diegues, cineasta –O Estado de S. Paulo, 24-06-2013.

Cadê?

“Políticos notaram o silêncio da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), que foi protagonista em atos na ditadura militar, nas Diretas-Já e no Fora Collor, diante da atual onda de protestos” – Vera Magalhães, jornalista – Folha de S. Paulo, 24-06-2013.

Figurino

“O PT passou a ver as candidaturas de Lindbergh Farias (RJ) e Alexandre Padilha (SP), ambos na faixa dos 40 e ex-líderes dos caras-pintadas em 1992, como um meio para tentar atingir a juventude cética com o partido” – Vera Magalhães, jornalista – Folha de S. Paulo, 24-06-2013.

Fonte: IHU On Line

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