domingo, abril 05, 2020

Petrolândia [Coronavírus]: Missa de Domingo de Ramos será feita on-line às 8h:30 da manhã de hoje


Celebração do Domingo de Ramos de 2019 em Petrolândia - Foto/arquivo: Assis Ramalho/BlogAR

O Domingo de Ramos é uma das datas mais importantes para a Igreja Católica, e marca o início da Semana Santa. Todos os anos, e há muitos anos, fiéis com ramos de plantas nas mãos enchem as ruas em procissões e vão à sua paróquia para celebrar a fé.

Este domingo (5) será o Domingo de Ramos de 2020. Apesar da pandemia da Covid-19, a celebração em Petrolândia, no Sertão de Itaparica, não deixará de acontecer, ela só será um pouquinho diferente. Seguindo a orientação de Decreto do Vaticano, a orientação  é que as missas aconteçam com as igrejas fechadas, e que os devotos acompanhem de casa pela TV, pela rádio ou – aí está a novidade – pelas redes sociais.

A orientação da Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB) para este Domingo de Ramos é que os padres incentivem os fieis a colocarem os tradicionais ramos nas portas, portões ou janelas de casa – onde for mais visível – e acompanhem as celebrações pelo meio de comunicação mais acessível.

Neste sábado, 04 de abril de 2020,  o pároco de Petrolândia [Padre Luiz Augusto], divulgou programação da Semana Santa 2020 da Paróquia de São Francisco, e a Missa de Domingo de Ramos será feita on-line às 8h:30 da manhã.

Veja abaixo programação completa da Semana Santa/2020 em Petrolândia



PARA MATAR A SAUDADE, RELEMBRAMOS O DOMINGOS DE RAMOS DE 2019 EM PETROLÂNDIA

Reveja abaixo reportagem do Blog de Assis Ramalho do Domingo de Ramos de 2019 em Petrolândia quando ninguém tinha notícias deste tal COVID-19, que hoje assusta Petrolândia e o mundo. Veja também a importância e o significado do Domingo de Ramos

Relembrando
Petrolândia: Centenas de fiéis participam da celebração de Ramos na manhã deste domingo (14/03/2019)

Centenas de fiéis participaram da bênção, procissão e missa de Ramos em Petrolândia na manhã deste domingo (14 de abril de 2019). A solene liturgia teve início em frente ao PETI, com o acolhimento dos fiéis e a bênção dos ramos presidida pelo pároco, Pe. Luiz Augusto.

Após a bênção, os fiéis e o pároco saíram em procissão até a Igreja Matriz, onde foi celebrada a missa. As dependências da igreja ficaram pequenas para acolheu as centenas de fiéis que participaram da celebração.

Durante a celebração, o pároco explicou o sentido do Domingo de Ramos. De acordo com a Igreja Católica, o Domingo de Ramos celebra a entrada de Jesus em Jerusalém, momento em que ele é recebido em festa. A celebração de Ramos também marca o fim da Quaresma, período em que a igreja recorda os 40 dias que Jesus ficou no deserto.

A partir deste domingo, os cristãos celebram a Semana Santa. Durante sete dias, a Igreja Católica relembra a morte e ressurreição de Jesus Cristo. Em Petrolândia, a Paróquia preparou uma série de atividades até o domingo de Páscoa, no dia 21 de abril.

Ao término da celebração, Pe. Luiz Augusto ainda convidou a todos os fiéis para participaram das celebrações da Semana Santa e exortou que é importante que todos vivenciem este momento de fé em toda Igreja (confira programação abaixo desta matéria).

Ver todas as fotos > Fiéis participam da celebração de Ramos em Petrolândia - 14/04/2019

Ver abaixo vídeos e fotos



Domingo de Ramos na crise atual

O Domingo de Ramos, a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, marca o início da Semana Santa, quando celebramos uma das maiores festas da nossa fé. Durante a caminhada rumo a Jerusalém, Jesus muitas vezes falou a seus apóstolos sobre o sofrimento e a cruz que o aguardavam. Afinal Ele queria prepará-los para o que estava por vir. Os apóstolos, entretanto, estavam com medo, e tinham dificuldade em entender que o mundo seria salvo através da Paixão e cruz de Cristo.

Neste ano, durante as semanas que antecedem a Páscoa, também nós temos estado cara a cara com o sofrimento de uma maneira muito tangível e bastante extraordinária. Assim, a pandemia global, causada por um vírus microscópico, já ceifou a vida de milhares de pessoas. As atualizações diárias sobre a disseminação do vírus e as contínuas mudanças nas medidas de proteção fizeram de nós parte do profundo mistério da cruz.

Nossos pensamentos e sentimentos são levados por incertezas, medos e preocupações com o futuro. Jesus também teve medo do sofrimento e esteve em perigo mortal. Mas seu amor ao Pai, que Ele chamava na oração de Abba, Paizinho, e seu amor pela humanidade, foram maiores do que o medo da morte. Com esse amor Ele nos deu acesso à “fonte” divina, de onde podemos tirar discernimento e confiança. Deus é nosso refúgio em todas as situações, Dele vem o poder do amor, que tudo enfrenta e lança por terra todo o medo.

Para poder tirar água dessa fonte, nós, como os apóstolos, precisamos orar. Jesus nos adverte para que permaneçamos despertos e oremos para passarmos pelo teste. Ajuda e salvação vêm até nós pela oração. Mesmo se essa salvação, por mais paradoxal que isso possa parecer, primeiro precise da cruz. A cruz é o grande símbolo da conquista de Jesus, é o símbolo central de nossa fé. Afinal, o Cristo crucificado foi vitorioso sobre o mal por sua morte na cruz. Ele transformou a cruz em ressurreição com o poder do amor divino.

Essa é a Boa Nova da Cruz
Desde a ressurreição, um poder divino e transformador tornou-se inerente ao nosso sofrimento. Mas sua conexão com a cruz de Cristo permanece intacta. Para Jesus, a cruz foi “sua hora”, a hora para a qual Ele tinha vindo a esse mundo. Portanto nós devemos, hoje, ver neste momento, nossa “hora” de mostrar nosso amor a Deus, cujo amor por nós é infinito.

A cruz não é apenas uma figura da logomarca da ACN. Ela é, de fato, sua verdadeira missão e DNA de nossa caridade, comprometida com a ajuda aos cristãos perseguidos e que sofrem. Agora que nós mesmos sentimos a cruz de modo agudo, devemos voltar nossa atenção ainda mais para a cruz de Cristo. Vamos tomar a cruz em nossas mãos mais firmemente. Quanto mais difícil é a cruz de carregar, maior deve ser o amor que devemos sentir.

Assim, mesmo se a crise atual exige de nós muitos pequenos sacrifícios, e também traz consigo grande sofrimento para alguns, não podemos apenas contemplar nossas feridas. Mas devemos dividir a cruz com milhões de outras pessoas que viveram e continuam a viver em situação de crise e de emergência. Que nós possamos rezar pela salvação do mundo com renovado fervor e coração puro, praticar a caridade e carregar nossa cruz com fé. Essa é a única maneira de aniquilar o mal e de expulsar o “príncipe deste mundo”. Seremos vitoriosos com o sinal da cruz.
Vamos demonstrar nossa fé neste Domingo de Ramos

Refugiemo-nos também em Nossa Senhora, rezando com fé sua “coroa”, o rosário, todos os dias. Porque há quinhentos anos, em 1531, ela disse a São Juan Diego em Guadalupe, essas palavras incomparavelmente ternas e reconfortantes: “Ouça e deixe que penetrem seu coração, meu querido, pequeno filho: Nada deve atemorizá-lo. Que não se perturbe seu coração. Não temas esta doença nem nenhuma outra, não fiques aflito, não estou eu aqui, que sou sua mãe? Você não está debaixo da minha sombra e sob o meu cuidado? Não sou eu a fonte da sua alegria, de sua salvação? Você não está nas dobras do meu manto, na curva dos meus braços? Você não está no meu colo? Deseja mais do que isso?” Assim seu coração de Mãe Imaculada, que sofreu aos pés da cruz junto com Nosso Senhor, no final triunfará sobre o mal.

No emblema da ACN vemos que a cruz é, além disso, uma flecha, que penetra no muro do ódio, da divisão e do mal. Então ajudemos a carregar a cruz do Cristo com alegria no coração. Nela está Cristo, o poder de Deus, a sabedoria de Deus (1, Cor. 1:24). Per crucem ad lucem – Pela cruz à luz.
Desse modo, desejo a todos uma santa e abençoada Semana Santa e Páscoa.

Por Padre Martin Barta
Assistente Eclesiástico Internacional da ACN
Da Redação do Blog de Assis Ramalho
Fotos: Assis Ramalho/BlogAR

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