sexta-feira, fevereiro 12, 2016

Governo quer que mobilização contra Zika tenha repercussão em todo o país

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O governo federal quer fazer com que a mobilização nacional de combate ao mosquito Aedes aegypti, no próximo sábado (13), seja também uma “medida de impacto” e tenha repercussão em todo o país. O objetivo é fazer com que a sociedade se sensibilize com o tema e ajude a eliminar os criadouros do inseto transmissor do vírus Zika.

Após coordenar, hoje (11), mais um encontro preparatório para o chamado Dia da Faxina, o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, ligou para o vice-presidente Michel Temer, convidando-o a participar das mobilizações. Desde a semana passada, todos os ministros do governo foram convocados pela presidenta Dilma Rousseff para viajar a capitais e cidades de grande porte.

Após o telefonema de Wagner, ficou decidido que Temer vai para Curitiba. Mais de quinze ministros participaram do encontro no Palácio do Planalto, além de secretários e representantes de órgãos federais. Durante a reunião, o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, disse que o governo vai precisar da ajuda das equipes dos ministérios para que a visita de conscientização dos cerca de 220 mil militares a mais de 300 municípios seja também uma “ação de comunicação”.

As autoridades foram informadas de que os materiais impressos estarão prontos até esta sexta-feira (12) e que chegarão a todos os cantos do país por meio dos Correios. Edinho Silva também pediu aos ministros que dêem entrevistas durante as vistorias para que a ação seja veiculada na imprensa.

De acordo com o ministro da Saúde, Marcelo Castro, o ato será “simbólico”. Além da distribuição de panfletos, porém, os membros do primeiro escalão do governo poderão visitar casas ao lado dos governadores dos estados, de prefeitos e de agentes de combate às endemias. Castro disse que a estimativa da Organização Mundial da Saúde é de que quatro milhões de pessoas estejam contaminadas pelo Zika em todos os países das Américas, com exceção do Canadá e do Chile, que têm climas mais frios.

“A recomendação é que a gente visite algumas residências e demostre o interesse da gente de fazer o trabalho, para ficar como exemplo. Mas é importante também que a gente visite hospitais e as salas de coordenação e controle nos estados”, afirmouo ministro, em entrevista a jornalistas após o encontro. Segundo Marcelo Castro, o governo quer que, a partir da mobilização, cada pessoa faça o “sábado da faxina” com o intuito de, semanalmente, verificar os possíveis focos do mosquito e destrui-los.

Para o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, é importante que os próprios ministros batam de “porta em porta” e busquem conscientizar a população sobre os riscos da epidemia. Marcelo Castro informou que, além dos militares, a ação vai contar com a presença de 46 mil agentes de combate às endemias, mais de 266 mil agentes comunitários de saúde, além de governadores, forças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros.

Mais cedo, ao detalhar a ação, o ministro da Defesa, Aldo Rebelo, lembrou que milhares de militares estão sendo treinados para a aplicação de produtos químicos para matar o Aedes aegypti, preparando-se para atuarem em etapas posteriores à mobilização deste sábado.

Agência Brasil

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