O cenário atual é consequência direta de uma sequência de decisões administrativas equivocadas e de uma condução política autoritária. Entre os principais fatores estão: o desmonte do plano de cargos e carreiras dos professores, a ausência de projetos pedagógicos estruturantes, o ambiente de perseguição instaurado na Secretaria de Educação e a completa falta de uma política pública voltada para metas, avaliação e valorização do corpo docente. A queda no IDEB, de 5,6 em 2019 para 4,9 em 2021, muito abaixo da meta de 5,5, escancara esse declínio. O índice mais recente, de 2023, aponta um leve avanço para 5,2, mas ainda distante do padrão de excelência que Jatobá já alcançou.
Esse retrocesso, no entanto, vai além dos números. A Escola Ita Costa, que durante a gestão anterior figurou entre as 50 melhores do Estado – resultado de um trabalho ousado, focado em diagnóstico preciso, metas claras e valorização dos profissionais – sofreu com a descontinuidade das ações que a tornaram referência, a ponto de ser fechada. O espaço onde funcionava será transformado em uma creche. Já a Escola Ayrton Senna, sob a atual gestão, amargou um dos piores desempenhos do Estado, figurando entre as 50 piores instituições e sendo submetida a tutoria de outra escola, um retrato simbólico do desmonte educacional promovido por uma gestão avessa ao diálogo e desconectada da realidade das salas de aula.